Um suspeito de integrar uma rede criminosa que compartilhava pornografia infantil na Depp Web - a parte obscura da internet que é invisível no Google - foi preso pela Polícia Federal em Belo Horizonte. A detenção ocorreu na manhã desta terça-feira (22), por meio de mandado expedido pela Justiça Federal, durante a segunda da Operação Darknet II.
No total, 67 pessoas que trocavam ou distribuíam fotos e vídeos pornográficos envolvendo crianças e adolescentes foram alvos da ação, que aconteceu simultaneamente em 17 estados. Em Minas Gerais, além do mandado de prisão, os policiais cumpriram sete ordens de busca e apreensão, sendo três na capital, um em Contagem, um em Uberaba e um em Ituiutaba.
No Brasil, conforme a PF, 19 suspeitos foram apreendidos. Deste total, 15 em flagrante e quatro por mandados de prisão. Além disso, 62 ordens de busca e apreensão foram cumpridos por 300 federais. O material recolhido não foi divulgado pela corporação.
Crime
Conforme os delegados responsáveis pela operação, os vídeos e fotos compartilhados pelos investigados traziam jovens, com idades entre 11 e 15 anos, nus ou quase despidos. A PF apura se alguma das vítimas sofreu abuso sexual. Ainda de acordo com a PF, nos três primeiros meses de investigação os federais identificaram mais de três mil acessos ao conteúdo ilegal.
Além de Minas Gerais, a Darknet II foi deflagrada no Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Bahia, Alagoas, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará, Maranhão, Pará e Amazonas.
Durante as investigações, a corporação garantiu que antecipou o cumprimento de sete ordens judiciais para evitar o possível abuso sexual de crianças moradoras do Paraná, Distrito Federal e Rio de Janeiro.
As ações desta terça-feira deram continuidade à Operação Darknet, realizada em 2014. Na ocasião 56 suspeitos foram presos e 91 mandados de prisão cumpridos no Brasil e em outros seis países.