Suspeitos de torturar casal em Igarapé confessam que cometeram crime porque vítimas eram militares

Rosiane Cunha
rmcunha@hojeemdia.com.br
07/01/2020 às 19:48.
Atualizado em 27/10/2021 às 02:13
 (Polícia Civil/Divulgação)

(Polícia Civil/Divulgação)

Dois suspeitos de torturar e atirar em um coronel da reserva da Polícia Militar e na mulher dele, uma cabo, foram ouvidos na tarde desta terça-feira (7) no Departamento de Operações Especiais (Deoesp), em Belo Horizonte. https://www.hojeemdia.com.br/horizontes/tr%C3%AAs-suspeitos-de-torturar-e-balear-militares-s%C3%A3o-mortos-outros-dois-v%C3%A3o-para-a-cadeia-1.765532 em confronto com agentes da Rondas Ostensivas Táticas Metropolitanas (Rotam) em Ibirité, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.

O ataque contra o casal https://www.hojeemdia.com.br/horizontes/casal-de-pm-s-%C3%A9-torturado-e-baleado-em-condom%C3%ADnio-de-igarap%C3%A9-na-grande-bh-1.765444. Os dois foram rendidos, espancados e baleados por criminosos que invadiram o sítio do casal, que fica no residencial Ouro Verde, em Igarapé, na Grande BH. Polícia Civil/Divulgação 

Delegado Marcus Vinicius Lobo Leite Vieira, do Deoesp 

Segundo o delegado Marcus Vinicius Lobo Leite Vieira, os envolvidos, de 22 e 23 anos, confessaram a participação no crime. “Então temos duas funções já definidas: a do piloto, que ficou responsável pela condução do veículo, e a do responsável pela abordagem do casal e que portava uma réplica de arma de fogo”, disse Vieira.

O grupo também é suspeito de cometer outros crimes na mesma região de sítios. “Ao passarem em frente ao sítio dos policiais militares, eles verificaram que a porteira estava aberta e que as vítimas estavam fazendo um tipo de limpeza no local. Então, o grupo resolveu fazer a abordagem. Ao perceberem que se tratavam de policiais militares, agrediram brutalmente as vítimas", completou o delegado. 

Vieira afirmou ainda que todos os envolvidos estavam sob o efeito de drogas e assim que perceberam que se tratavam de policiais, também desistiram de roubar o que pretendiam e fugiram levando o veículo e os celulares do casal.

“Eles encontraram medalhas, homenagens que o coronel tinha recebido quando era militar na ativa, e aproveitaram para iniciar as torturas. A nova etapa da investigação consiste em delimitar quem foi responsável pelas agressões. Já temos alguns indicativos. A Polícia Civil não descarta nenhuma hipótese, mas a primeira já concluída é que se trata de uma reação em razão da profissão das vítimas, por se tratarem de policiais militares”, afirmou. 

Nesta terça-feira (7), peritos das polícias Civil e Federal estiveram no local do crime para tentar recolher impressões digitais que possam ajudar na identificação de outros suspeitos. As investigações ainda vão apontar qual dos envolvidos efetuou os disparos e os responsáveis pelas agressões.

Os dois detidos foram encaminhados ao presídio Inspetor José Martinho Drumond, em Ribeirão das Neves, na Região Metropolitana de Belo Horizonte e devem responder por latrocínio tentado e associação criminosa. 

O delegado confirmou também que um dos suspeitos pode estar envolvido em outro roubo com as mesmas características, onde dois idosos foram  agredidos, mas ele preferiu não dar detalhes para não atrapalhar as investigações.

Ainda na noite desta terça, a Polícia Militar informou que o segundo veículo utilizado no crime foi apreendido também em Igarapé.

Câmeras de segurança da rua mostram a possível movimentação dos dois veículos em que estavam os suspeitos.

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