Técnica permite cirurgia de hemorroida sem trauma

Isabela Ventura - Do Hoje em Dia
10/09/2012 às 11:32.
Atualizado em 22/11/2021 às 01:09
 (Wilson Avelar/Divulgação)

(Wilson Avelar/Divulgação)

Muita gente fica constrangida até para falar a palavra “hemorroida”, mas o problema é mais comum do que parece. A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que 50% da população mundial acima dos 50 anos sofra com essas varizes do canal do ânus.

Além do preconceito, um dos maiores empecilhos para o tratamento adequado é o doloroso pós-operatório da cirurgia tradicional, quando ela é indicada. Porém, uma técnica trazida ao Brasil promete reduzir os traumas do procedimento corretivo.


Sem corte

Com o Hemorpex System, método desenvolvido na Europa, em 2003, não há corte do tecido, como na cirurgia comum. São feitos pontos para reposicionar a hemorroida e impedir o fluxo do sangue, conforme explica a médica espanhola Yaima Guerrero, que esteve em Belo Horizonte para apresentar a técnica.

“Esse procedimento oferece mais conforto e o paciente não precisa parar sua rotina por muito tempo”, relata Yaima. Isso porque na cirurgia normal, a pessoa precisa ficar cerca de duas semanas afastada do trabalho, sentindo dores e com secreções.

Já no procedimento do Hemorpex, o pós-operatório é indolor. “A cirurgia pode ser feita com anestesia local, mas, com a sedação, o paciente fica mais relaxado”, diz a médica. Em dois dias, já é possível voltar às atividades normais, exceto se a pessoa trabalhar fazendo esforço físico, quando a recuperação pode levar duas semanas, por causa do risco de rompimento dos pontos.

A técnica é indicada para as hemorroidas dos graus 3 e 4, mas pode abranger também as de grau 2, que não responda ao tratamento médico conservador.


Na Itália

Estudo realizado na Itália revelou que 96% dos pacientes tiveram alta seis horas após a cirurgia e 82% voltaram a defecar 24 horas depois do procedimento. “Houve apenas 6,4% de recorrência, índice não superior ao descrito ao das outras técnicas”, destaca Guerrero.

No entanto, para o presidente da Sociedade Mineira de Coloproctologia (smcprocto), Rodrigo Gomes da Silva, a técnica tradicional ainda é mais eficaz. “O importante é se informar com um médico para a definição do procedimento mais indicado”, alerta.

O empresário Alberto Fontich, de 51 anos, vai ser operado com a nova técnica. “Vi os estudos de eficiência e não há complicações pós-operatórias”, disse.

Para acessar a lista de médicos que utilizam a nova técnica, entre em contato com a Inovamédica: 3411-1033.

Compartilhar
Ediminas S/A Jornal Hoje em Dia.© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por