Teófilo Otoni cria comando de ações preventivas em função das intensas chuvas

Ana Lúcia Gonçalves - Hoje em Dia
25/01/2016 às 20:10.
Atualizado em 16/11/2021 às 01:10
 (Sargento Ernani Batista/Defesa Civil)

(Sargento Ernani Batista/Defesa Civil)

Em função das intensas chuvas dos últimos dias, órgãos de defesa de Teófilo Otoni, distante 450 quilômetros de Belo Horizonte, no Vale do Mucuri, criaram um Sistema de Comando de Operações (SCO) para agir coordenadamente em ações preventivas e socorro às vítimas das chuvas. Segundo a Defesa Civil, estima-se que mais de 3 mil residências estejam nas 12 áreas de risco.

Neste fim de semana, mais de 400 pessoas ficaram desalojadas na cidade. Nos últimos dias choveu 240 milímetros, quase o dobro da média histórica para o mês de janeiro inteiro. De acordo com o site Climatempo, a média para o primeiro mês do ano na cidade é de 134 milímetros. A Defesa Civil registrou 278 ocorrências de deslizamentos e inundações nos últimos sete dias.

Além de prevenir desastres, o grupo está estruturado para atender rapidamente as emergências decorrentes das chuvas como deslizamentos, desabamentos e alagamentos. Ele é coordenado pelo prefeito Getúlio Neiva (PMDB), mas reúne representantes da Defesa Civil, Polícia Militar e Corpo de Bombeiros.

Ainda colaboram a Polícia Rodoviária Federal, Cemig, Copasa e as secretarias municipais de Esportes, Assistência Social, Agropecuária e Serviços Urbanos.A primeira reunião aconteceu na manhã desta segunda-feira (24). Cada órgão recebeu uma função e teve um representante nomeado para dar agilidade ao atendimento.

O secretário de Obras Civis, Semir Rachid Said explicou que ficará responsável por recrutar pessoas que deverão cuidar dos atingidos. "O índice pluviométrico indica que, até a sexta-feira (29) o volume de chuvas será muito grande. Vamos torcer para que não aconteça nada, nenhum acidente grave com ninguém, mas temos que estar preparados. Vamos trabalhar coordenadamente".

De acordo com a Defesa Civil, as inundações são em sua maioria provocadas por retorno de água da chuva, por causa do acúmulo de lixo nas bocas de lobo. Há também registros de abalos em estruturas de resisdências.

"Estamos fazendo a prevenção, orientando as pessoas que estão em áreas de risco a procurar um local seguro até que o problema seja resolvido", diz Rachid. Ainda segundo o secretário, embora existam abrigos, os desalojados estão optando ficar na casa de parentes.

Em Minas Gerais, nesta temporada chuvosa 2015/16, sete municípios já haviam decretado situação de emergência: Itanhomi, Palma, Sabará, Itamonte, Ferros, Inconfidentes e Cristina. Neste sábado (23) a prefeitura de Sabinópolis também decretou situação de emergência.

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