Teófilo Otoni traça plano para conter desmatamento

Ana Lúcia Gonçalves - Hoje em Dia
08/05/2014 às 08:01.
Atualizado em 18/11/2021 às 02:29
 (Leonardo Morais)

(Leonardo Morais)

A prisão de fazendeiros acusados de suprimir Mata Atlântica no Vale do Mucuri levou a Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Teófilo Otoni, cidade-polo da região, a acelerar a execução de um plano ambiental municipal. Dentre as propostas estão esclarecer os produtores rurais sobre leis ambientais e estabelecer ações eficazes e contínuas para evitar que a situação se repita.

Uma reunião já foi realizada com voluntários e representantes de diversos órgãos ambientais e instituições ligadas ao meio rural. Outras duas estão agendadas para os dias 12 e 19, na sede do Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA). Nelas será feito um levantamento dos problemas relacionados com a questão ambiental na área rural. Também serão discutidas propostas de abordagem e enfrentamento, e definidas as responsabilidades de cada órgão.

O nome do projeto é “Teófilo Otoni Sustentável”. Os participantes estão divididos em quatro grupos, com os temas Água, Terra (Solo), Verde (Matas) e Educação Ambiental.

"Temos que agir positivamente, esclarecendo nossos produtores rurais e atuando para evitar o verdadeiro vexame que foi a prisão de alguns fazendeiros. Nossa ação visa proteger os produtores rurais em face da legislação ambiental”, diz o prefeito Getúlio Neiva.

No Vale do Mucuri acontece 15% do desmate irregular de Mata Atlântica no Estado. Na semana passada, a “Operação Macaco Muriqui”, desencadeada por técnicos do Sistema Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Sisema) e policiais militares e civis, levou ao embargo de 350 hectares de áreas devastadas nas propriedades, prendeu 16 donos de fazendas e funcionários e gerou mais de R$ 2 milhões em multas, em sete dias. Lenha e carvão vegetal foram apreendidos. 

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