Tempo de espera pela mamografia pode comprometer o diagnóstico precoce

Iêva Tatiana - Hoje em Dia
06/10/2015 às 06:55.
Atualizado em 17/11/2021 às 01:57
 (Lucas Prates)

(Lucas Prates)

A importância de fazer o autoexame e a mamografia regularmente, a partir dos 40 anos, é o tema central da campanha “Outubro Rosa”, voltada para a prevenção e o diagnóstico do câncer de mama. O exame é o principal meio de identificar a doença precocemente, aumentando em 95% as chances de cura. Mas, para as pacientes que dependem do Sistema Único de Saúde (SUS), discurso e prática seguem caminhos diferentes.

Dados da Pesquisa Nacional de Saúde, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e divulgada no ano passado, mostram que 40% das mulheres de 50 a 69 anos (faixa etária considerada prioritária pela Organização Mundial de Saúde) não fizeram mamografia em 2013. Desse total, 27,2% não acharam o exame necessário, 15,6% não conseguiram agendá-lo e outros 4,1% alegaram longo tempo de espera.

“Existe uma lei, (nº 11.664/2008) que determina que toda mulher, a partir dos 40 anos, tem direito à mamografia sem necessidade de consulta médica. Bastaria ir a uma unidade de saúde e conseguir o encaminhamento. Mas essa lei foi demagógica, porque não existe quantidade de aparelhos para fazer todos os exames de forma adequada”, afirma o vice-presidente da Sociedade Brasileira de Mastologia - regional Minas Gerais, Waldeir Almeida.

Contraponto

Segundo a Secretaria Municipal de Saúde (SMSA) de Belo Horizonte, existem, na capital, 15 estabelecimentos conveniados que fazem o exame na Rede SUS-BH. Em nota, a SMSA afirmou que “não há fila de espera para a realização de exames de mamografia” e que são ofertados, por mês, oito mil procedimentos.

De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde, atualmente, há 196 prestadores de serviço de mamografia que atendem ao SUS em Minas, além de dez unidades móveis para percorrer regiões de acesso restrito. No primeiro semestre de 2015, foram feitas 276,6 mil mamografias no Estado, 42% do total registrado em todo o ano passado. De agosto de 2014 a julho deste ano, foram investidos R$ 28,5 milhões em mamografias, conforme a pasta.

“A questão não é só a espera pela mamografia, mas também para conseguir acesso ao mastologista depois que o exame acusa alguma alteração”, ressalta Almeida, alegando que o prazo pode passar de três meses.

Confira as cidades que as unidades móveis vão percorrer neste mês:

Município Início Término

Paracatu 16/9/2015 6/11/2015

Santo Antônio do Jacinto 21/9/2015 2/10/2015

Pedra Azul 5/10/2015 27/11/2015

Salto da Divisa 28/9/2015 2/10/2015

Padre Paraíso 5/10/2015 16/10/2015

Caraí 19/10/2015 6/11/2015

Guarará 28/9/2015 2/10/2015

Descoberto 5/10/2015 9/10/2015

Estrela Dalva 13/10/2015 16/10/2015

Rio Pomba 19/10/2015 29/10/2015

Montezuma 21/9/2015 2/10/2015

São João do Paraíso 5/10/2015 23/10/2015

Ninheira 26/10/2015 13/11/2015

Pains 28/9/2015 9/10/2015

Iguatama 13/10/2015 16/10/2015

Medeiros 19/10/2015 23/10/2015

Pimenta 26/10/2015 6/11/2015

Carmópolis de Minas 21/9/2015 9/10/2015

Passa Tempo 13/10/2015 16/10/2015

Monsenhor Paulo 19/10/2015 29/10/2015

São José da Lapa 28/9/2015 6/10/2015

Confins 7/10/2015 9/10/2015

Matozinhos 13/10/2015 23/10/2015

Congonhas do Norte 26/10/2015 29/10/2015

São João da Ponte 8/9/2015 2/10/2015

Japonvar 5/10/2015 16/10/2015

Lontra 19/10/2015 23/10/2015

Varzelândia 26/10/2015 6/11/2015

Água Boa 28/9/2015 9/10/2015

Coluna 13/10/2015 16/10/2015

Itamarandiba 19/10/2015 29/10/2015

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