Tenente ferido em ataque a penitenciária tem morte cerebral confirmada

Agência Brasil
10/09/2018 às 18:08.
Atualizado em 10/11/2021 às 02:22
 (Google Street View)

(Google Street View)

Baleado ao participar da perseguição ao grupo fortemente armado que atacou a Penitenciária de Segurança Máxima Romeu Gonçalves Abrantes, em João Pessoa (PB), na madrugada desta segunda-feira (10), o tenente da Polícia Militar (PM) Erivaldo Moneta teve a morte cerebral confirmada no início da tarde. De acordo com as informações do governo estadual, o objetivo do ataque foi libertar três assaltantes de carro-forte.

Moneta foi atingido na cabeça durante a troca de tiros entre policiais e parte do grupo que explodiu o portão da unidade prisional, permitindo a fuga de 92 detentos – inicialmente, a Secretaria Estadual de Administração Penitenciária informou que 105 presos tinham fugido, mas corrigiu a informação após policiais militares e agentes prisionais recontarem os apenados.

Até às 16 horas, 41 presos tinham sido recapturados. Um forte esquema foi montado para tentar localizar os 51 detentos que continuam à solta. Cerca de mil policiais da Paraíba, Ceará, Pernambuco e Rio Grande do Norte participam das ações de busca e contenção, a fim de evitar que os fugitivos deixem o estado.

Objetivo da ação

De acordo com o secretário de Administração Penitenciária, tenente-coronel Sérgio Fonseca de Souza, o objetivo dos cerca de 20 criminosos que atacaram a penitenciária a bordo de quatro veículos era resgatar três suspeitos de assaltos e explosão a carro-forte presos pela Polícia Militar no dia 6 de agosto, em Lucena, no litoral norte da Paraíba: Romário Gomes da Silveira, conhecido como Romarinho; Ivanilson Pereira de Macedo e Antônio Arcênio de Andrade Neto.

Romarinho já tinha sido detido em fevereiro deste ano, durante a Operação Aurora, que cumpriu mandados de prisão preventiva e de busca e apreensão contra suspeitos de participar de um assalto a uma agência da Caixa Econômica Federal no Shopping Partage. Na época em que foi detido, Romarinho ocupava um cargo comissionado no gabinete do prefeito de Campina Grande, Romero Rodrigues (PSDB), que o exonerou no mesmo dia. Romarinho está entre os presos que conseguiram escapar esta manhã.

Armamento militar

O grupo que atacou a penitenciária usava armamento de uso exclusivo militar, como fuzis 556 e 762, além de explosivos. Projéteis disparados pelos criminosos chegaram a furar paredes, obrigando os policiais militares que estavam nas quatro guaritas instaladas nos muros do presídio e os 18 agentes prisionais a recuarem e buscarem abrigo. Foi o que permitiu aos criminosos se aproximar da entrada e instalar os explosivos com que explodiram o portão de aço. De acordo com o secretário de Administração Penitenciária, os criminosos ingressaram no presídio e arrebentaram os cadeados das celas usando alicates especiais.

Durante entrevista coletiva, o comandante-geral da Polícia Militar, coronel Euller Chaves, disse a jornalistas que policiais foram deslocados para pontos estratégicos, onde estão de prontidão para “caçar esses indivíduos [fugitivos] e, se necessário, neutralizá-los”. Ainda durante a entrevista, as autoridades garantiram que os danos à unidade prisional já foram sanados, com o conserto de dois portões e a substituição dos cadeados violados.

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