Asfalto tomado por rachaduras e depressões, placas cobertas de poeira ou jogadas ao chão e sinalização horizontal apagada fazem parte da viagem de quem sai da capital mineira rumo ao Rio de Janeiro.

As más-condições anunciam que a empresa que assumir a BR-040, uma das que será privatizada pelo governo federal, terá muito trabalho para garantir a segurança dos motoristas.
 

Donos do pedaço

Na última segunda-feira, o Hoje em Dia percorreu 96 quilômetros da estrada, entre Belo Horizonte e Conselheiro Lafaiete, na região central do Estado.

Constatou que caminhoneiros que transportam minério “mandam” na rodovia. Nem todos trafegam em segurança e muitos chegam a “intimidar” motoristas de carros pequenos.

Além de enfrentar a direção ofensiva dos “colegas” de asfalto, quem está ao volante tem que lidar com os defeitos na via.

Embora logo na saída de BH a pista seja duplicada, o acostamento e a faixa de rolamento mais à direita, para veículos pesados, estão com o pavimento bastante degradado em alguns pontos. No km 546, perto do Viaduto da Mutuca, o asfalto tem rachaduras que fazem os veículos trepidar.


Sem informação

Outro problema é a manutenção precária das placas de sinalização. A maioria está coberta de pó de minério e informações como o limite de velocidade não podem ser vistas. Muitas estão caídas.

No km 558, antes do trevo para Ouro Preto, Alcides Cândido, de 53 anos, teve que parar no acostamento depois que a válvula de transferência do caminhão-tanque dirigido por ele quebrou. “Esse asfalto causa muita trepidação e isso vai afetando algumas peças. Ainda bem que eu tinha uma sobressalente”, diz.

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