Terminou sem propostas o processo licitatório do terreno que a Universidade do Estado de Minas Gerais (Uemg) pretende vender no bairro União, região Nordeste de Belo Horizonte. Com preço mínimo de R$ 54,1 milhões e área de 29 mil metros quadrados, o imóvel agora deverá ser vendido diretamente, sem leilão.
O terreno já aparece no sistema das imobiliárias como disponível para venda, mas avaliações de corretores apontam para uma redução de até R$ 9 milhões no preço.
Na próxima quarta-feira (31), a reitoria da universidade e o secretário de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Nárcio Rodrigues, vão se reunir para traçar estratégias de venda. Pela lei de licitações, a transação não poderá ocorrer com valores abaixo do estipulado em edital.
Segundo o pró-reitor de planejamento, gestão e finanças da Uemg, Giovânio Aguiar, existem construtoras e incorporadoras de olho no negócio, mas o preço é um entrave.
A confecção de um novo edital com nova avaliação do terreno é uma opção para tentar viabilizar o negócio a um preço mais baixo.
Aguiar observa que os interessados no terreno não decidiram sobre uma eventual proposta nos prazos definidos em edital. “No início reclamaram do preço, depois do mercado imobiliário, que estaria em desaquecimento, mas deixaram claro o interesse. A decisão, porém, é lenta, porque é um investimento alto”.
De acordo com imobiliárias consultadas pela reportagem, o imóvel está disponível para venda. Na rede Netimóveis, o preço é de R$ 54 milhões e as características do terreno podem ser consultadas no site da empresa.
Em uma imobiliária que atua na região onde está o terreno, um corretor que conhece o imóvel indica dificuldades para a sua avaliação em virtude do tamanho da área e de seu potencial para empreendimentos comerciais. “Vai de R$ 45 milhões a R$ 47 milhões. Por R$ 47 milhões, inclusive, ele já apareceu no sistema”, afirma.
Coordenação
Assim como ocorreu na licitação, a MGI Participações, empresa do governo de Minas, coordenará a venda. “Ainda vamos definir como faremos para comercializar. A intenção, primeiro, é sentir o mercado, colocando o imóvel pelo mesmo preço. Se não tivermos sucesso, faremos novo edital”, diz o pró-reitor da Uemg, Gilvânio Aguiar.