Teste com inseticida Nim em fícus terá que ser refeito em BH

Danilo Emerich - Hoje em Dia
16/03/2013 às 08:04.
Atualizado em 21/11/2021 às 01:56
 (Samuel Costa)

(Samuel Costa)

A Secretaria de Meio Ambiente de Belo Horizonte terá que refazer os testes de aplicação do extrato do inseticida Nim nas árvores da espécie fícus, atacadas pela praga “mosca-branca” na avenida Bernardo Monteiro. A eficácia do primeiro teste, realizado nesta semana, foi comprometida pelo excesso de calor dos últimos dias, que gerou mofo nos ramos estudados.
 
Na última sexta-feira (15), técnicos da Secretaria coletavam exemplares da mosca-branca para usarem no novo teste, a ser iniciado na próxima semana. Segundo a gerente de Gestão Ambiental da Secretária de Meio Ambiente, Márcia Mourão, o novo estudo vai utilizar mudas sadias da espécie. As plantas serão infestadas pelo inseto e, então, será borrifado o inseticida experimental.

“Vamos repetir a observação feita da primeira vez. Esperamos ter um resultado entre 15 e 20 dias, para comprovar a eficácia do produto Nim”, disse Márcia.

Quanto ao atraso nos trabalhos de combate à praga, a gerente alegou que de qualquer maneira seria necessário algum tempo para aplicar o produto nas árvores contaminadas, uma vez que a prefeitura espera a liberação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para realizar os testes nas plantas contaminadas pela cidade.
 

Falha

No primeiro teste foram coletados oito ramos já contaminados das árvores. Em metade foi aplicada o extrato de Nim e na outra metade não. Elas foram ensacadas. Após uma semana, o resultado foi uma redução de 32,5% das ninfas (larva do inseto) e de 65% das moscas na fase adulta.

“Com o calor, houve questionamentos se foi o mofo ocorrido que matou os insetos ou foi o inseticida. Por isso resolvemos refazer o teste”, explicou Márcia Mourão.

A gerente observou que há um monitoramento constante das árvores contaminadas nas avenidas Bernardo Monteiro e Barbacena e na Igreja da Boa Viagem. No entanto, ela confirmou que há denúncias de alastramento da praga mosca-branca por toda a cidade atacando a mesma espécie.

“Estamos verificando esses relatos e o resultado sairá na próxima semana. Há uma orientação em todos os setores da Secretaria de Meio ambiente para dar prioridade a esse assunto. Estamos empenhados para salvar as árvores centenárias”, enfatizou a gerente Márcia Mourão.
 

Paliativos

Enquanto são realizados os testes em laboratório, outras ações são feitas para tentar salvar as árvores doentes, como a adubação diária das plantas. Na avenida Bernardo Monteiro, os 54 exemplares de fícus estão contaminados também por um fungo. Uma alternativa será a instalação de armadilhas para os insetos.

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