TJMG mantém sentença de acusado de matar jovem em calourada

Da Redação
portal@hojeemdia.com.br
23/11/2018 às 17:25.
Atualizado em 28/10/2021 às 01:59
 (Instragram / Reprodução)

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A sentença de 19 anos de prisão para o soldador que agrediu o estudante Daniel Adolpho, de 22 anos, em um bar no bairro Dom Cabral, região Noroeste de Belo Horizonte, foi confirmada nessa quinta-feira (22) pela 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG). A pena abrange também a tentativa de homicídio a outro homem durante a festa de calourada. 

Conforme a denúncia, no dia do crime, a vítima estava na fila do caixa quando esbarrou acidentalmente no acusado, que se virou aos gritos e, irritado, sacou uma arma e atirou no rosto de Daniel. 

A defesa do réu alega que ele teria sido agredido com socos pela vítima e que, após o disparo, foi segurado pelo pescoço, o que teria motivado o segundo disparo. Ainda de acordo com os advogados de defesa, imagens das câmeras do estabelecimento comprovariam a tese, mas elas não foram apresentadas durante a investigação. 

Após o crime, o réu tentou fugir mas foi contido por algumas pessoas, que o jogaram no chão. Tentando apartar o que entendeu ser uma briga, um frequentador do bar se aproximou e tentou segurar o acusado pelos braços, que novamente sacou a arma e atirou nele também. Desta vez, o tiro atingiu a vítima de raspão no pescoço. 

Os desembargadores negaram o provimento ao recurso apresentado. Segundo a relatora, desembargadora Beatriz Pinheiro Caires, os depoimentos do processo, das pessoas que se encontravam no local quando houve o disparo contra a vítima, comprovam que Daniel não sinalizou qualquer pretensão de agredir o réu. “Logo depois de xingamento realizado pelo acusado, este já sacou de uma arma e disparou no rosto da vítima, sem possibilidade de defesa pelo alvejado”, disse.  

Para a magistrada, o mesmo entendimento deve ser conferido ao crime tentado, uma vez que testemunhas relataram que o acusado, buscando evitar a punição pela morte de Daniel, sacou mais uma vez a arma e atirou contra Jhon Fredy Velez. De acordo com as testemunhas, ele só não concretizou o intento por causa da ação de Jhon, que conseguiu tocar na arma e desviar um pouco a trajetória do projétil.  

Caires negou também a possibilidade do réu recorrer em liberdade, uma vez que ele é reincidente. 

Fonte: TJMG

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