Tolerância Zero: Copa do Mundo terá policiais infiltrados

Alessandra Mendes - Hoje em Dia
21/02/2014 às 08:06.
Atualizado em 20/11/2021 às 16:10
 (Frederico Haikal)

(Frederico Haikal)

A estratégia usada pela polícia em Belo Horizonte para tentar conter o avanço da violência por meio da ação de agentes descaracterizados é também aposta para impedir tumulto e vandalismo durante a Copa do Mundo. A chamada “Tolerância Zero”, que está em vigor há cerca de três meses na capital, conforme o Hoje em Dia mostrou na edição da última quinta-feira (20), deve ter mais investimento e abrangência até junho.

Por enquanto, o trabalho se concentra nos crimes contra o patrimônio nas chamadas “zonas quentes” de criminalidade, áreas em que há grande incidência deste tipo de delito. Durante os jogos, os integrantes da Equipe de Missões Diferenciadas (EMD) vão se infiltrar em estádios, praças e manifestações para identificar possíveis criminosos.

“Esse trabalho, que está sendo feito desde o fim do ano passado, será intensificado em um treinamento de algumas ações específicas para a Copa. Vamos implementar o combate a outros crimes, além dos roubos, que são os focos atuais”, explica o chefe do 1º Departamento de Polícia Civil, Anderson Alcântara.

Resultados

Embora atuando há pouco tempo, a equipe formada de policiais civis e militares já apresenta resultados significativos. Em pouco mais de um mês de ação efetiva nas ruas, principalmente no hipercentro e região Centro-Sul, mais de 30 pessoas foram presas e nem um tiro disparado.

“No caso específico das manifestações, o trabalho seria para identificar vândalos. Isso já foi feito em algumas passeatas no ano passado e será intensificado de forma mais qualificada neste ano”, afirma o delegado.

Os agentes agem “disfarçados” de cidadãos comuns para efetuar prisões em flagrante em comércios, pontos de ônibus e vias de grande movimento. Trabalho inspirado na ação intitulada em Nova York como “Tolerância Zero”, que culminou na queda significativa dos crimes naquela cidade.

Quem pode acompanhar de perto a ação dos policiais em BH, aprova a medida. A auxiliar administrativo T. S. O., de 18 anos, foi salva de um assalto na última quarta-feira na avenida Oiapoque, no Centro. “Achei ótimo ter alguém para me ajudar e ver o ladrão sendo preso na hora. Isso com certeza dá uma sensação maior de segurança para todo mundo”, garante a jovem.

A equipe de policiais que ajudou a jovem ainda prendeu, no mesmo dia, outras seis pessoas, pegas com drogas na Praça 7. 

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