Três diretores do Jaraguá Country Club são indiciados por morte de garota em piscina

Raul Mariano - Hoje em Dia
11/07/2014 às 17:24.
Atualizado em 18/11/2021 às 03:21
 (Facebook/Reprodução)

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Três membros da direção do Jaraguá Country Club foram indiciados por homicídio com dolo eventual, pelo episódio ocorrido em janeiro deste ano, em que a garota Mariana Silva Rabelo de Oliveira, de 8 anos, ficou presa no tubo de sucção de uma das piscinas e morreu.    Felisberto Carvalho de Góes Neto, presidente do clube na época do acidente, Marco Antônio de Pádua, atual presidente e Ângelo Coelho, diretor de sede e engenheiro responsável pelas obras que alteraram o sistema de sucção do tobogã da piscina, podem pegar de 6 a 20 anos de prisão se forem condenados.    O delegado da 3ª Delegacia de Polícia de Venda Nova, Thiago Oliveira Souza Pacheco, encaminhou para a justiça, na última segunda-feira (7), o inquérito concluído, com o resultado da perícia.   "Apuramos que, em 2011, o tubo de sucção foi rebaixado e sua força aumentou de forma desproporcional, além da bomba que controla esse sistema ter sido levada para um local mais distante da piscina", explicou o delegado.    A perícia detectou, ainda, que nenhuma proteção foi colcada na sucção após a conclusão da obra. Por isso, o diretor de sede, no entendimento dos investigadores, assumiu o risco. "O laudo demonstrou, por meio de testes, que até mesmo um adulto poderia ter ficado preso, tamanha a força de sucção do duto", afirmou Thiago.   Ainda de acordo com o delegado, cada membro indiciado será julgado de acordo com sua culpa, sendo Ângelo Coelho o principal responsável. A piscina em que aconteceu o acidente já voltou a ser utilizada, mas tubo de sucção e o tobogã do clube ainda continuam interditados. Os diretores do clube foram procurados por nossa equipe, mas não foram encontrados.   Relembre o caso   A menina se afogou na piscina do Jaraguá Country Club, localizado no bairro Jaraguá, na região da Pampulha, após ter os cabelos presos pelo ralo da piscina. Mariana Rabelo Oliveira ficou submersa por 18 minutos e, após ser socorrida por um salva-vidas, foi levada consciente para o hospital Odilon Behrens, pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).   Ainda no clube, a menina chegou a ser ressuscitada depois de sofrer uma parada cardiorrespiratória. A garota ficou internada por 12 horas, mas não resistiu e morreu.

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