Três integrantes da torcida organizada Galoucura são julgados nesta sexta-feira (17), pelo assassinato do cruzeirense Otávio Fernandes, de 19 anos, em 27 de novembro de 2010, em frente ao Chevrolet Hall, no bairro São Pedro, região Centro-Sul de Belo Horizonte. O julgamento foi iniciado às 8h30, no II Tribunal do Júri no Fórum Lafayette, no Centro de BH, presidida pelo juiz Glauco Soares Fernandes. No início da parte da tarde, as testemunhas já tinham sido ouvidas e a promotoria se manifestado. A fase era a argumentação da defesa. Não há previsão para fim da sessão, que ainda deverá passar pelas partes de réplica e tréplica, além de debates finais e decisão do júri. São julgados Carlos Eduardo Vieira do Santos e Wellerson Tadeu Gomes. Outros dois réus que também deveriam sentar no banco dos réus desta sexta eram Diego Alves Ribeiro, que está foragido e Matheus Felipe Magalhães, pois o julgamento será realizado em outra cidade. Carlos é defendido pelos advogados Marcelo Tadeu de Oliveira e Renan Paulo dos Santos. Já os defensores de Wellerson são Fábio Costa Silva e José Jonai de Lemos. O Ministério Público é representando pelo promotor Francisco Santiago. Condenação Em 31 de janeiro de 2013, a Justiça condenou os seis réus acusados de matar o torcedor cruzeirense Otávio Fernandes por formação de quadrilha. João Paulo Celestino Souza e Marcos Vinícius Oliveira de Melo, o Vinicin, foram condenados ainda por homicídio duplamente qualificado pela morte de Otávio Fernandes. O primeiro pegou 15 anos e dez meses e, o segundo, foi condenado a 17 anos, ambos em regime fechado. Os outros quatro réus receberam a sentença de dois anos de prisão em regime aberto. Já sobre a acusação de tentativa de assassinato de Rodrigo Oliveira todos os réus foram inocentados. Entenda o caso No dia 27 de novembro de 2010, Otávio Fernandes e outros torcedores do Cruzeiro foram cercados por integrantes da Galoucura, na avenida Nossa Senhora do Carmo, no bairro São Pedro, região Centro-sul da capital. Os cruzeirenses conseguiram correr, mas Otávio foi espancado até a morte por, pelo menos, 12 atleticanos. De acordo com a denúncia apresentada pelo Ministério Público, os agressores estavam em um evento de luta livre no Chevrolet Hall. Ao ficarem sabendo da chegada de membros da torcida rival, o grupo teria saído da casa de shows e agrediram cinco torcedores, “com ações extremamente violentas”, utilizando paus e cavaletes, e que culminou na morte de Otávio. As outras quatro vítimas ficaram bastante feridas. Câmeras de vigilância registraram o fato e a crueldade dos torcedores alvinegros.