Três médicas são denunciadas por morte de bebê em Uberlândia

Hoje em Dia
18/09/2015 às 14:46.
Atualizado em 17/11/2021 às 01:47

Três médicas do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia (HC-UFU) foram denunciadas pela morte de um bebê. O caso aconteceu em 2012, mas somente neste mês o Ministério Público Federal (MPF) denunciou o trio por homicídio culpado.

Conforme o órgão, as médicas erraram ao prescrever cloreto de sódio a 20% para a vítima, quando o correto seria a 0,9%. O excesso da substância levou a morte do bebé. Consta no processo que o hospital percebeu o erro 14 horas depois, mas não foi possível salvar o bebê.

O MPF informou que a criança, de 3 meses, internou no dia 27 de agosto de 2012 para ser submetida a uma cirurgia de hérnia diafragmática. O procedimento precisou ser refeito dois dias depois e pela terceira vez, no dia 5 de setembro, devido a uma obstrução abdominal e de intestino.

Após 21 dias, o bebê retornou ao centro cirúrgico para que fosse colocado uma espécie de "tela" no local da cirurgia, ocasião em que entrou em coma induzido por 48 horas. Durante o coma, segundo apontou o MPF, por determinação das três acusadas foram aplicados no paciente 111,4 ml de cloreto de sódio a 20%, quando o correto seria a 0,9%. A dosagem incorreta, superior à indicada para qualquer pessoa, provocou grave edema cerebral no bebê, levando-o à morte.

Erro médico

Para o MPF, a prescrição incorreta partiu de uma médica residente sob a supervisão das outras duas acusadas que, segundo a denúncia, poderiam ter barrado o erro. Para o órgão, as denunciadas foram negligentes e imprudentes pois "agiram em desacordo com o dever legal que lhes era imposto".

Se condenadas, elas podem pegar de 1 a 3 anos de prisão. A pena deverá ter aumento de 1/3 pelo fato de o crime ter resultado da inobservância de regra técnica profissional.
 

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