Três médicos envolvidos na 'Máfia dos Órgãos' são presos em Poços de Caldas

Danilo Emerich - Hoje em Dia
23/03/2015 às 19:29.
Atualizado em 18/11/2021 às 06:27
 (Divulgação)

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Três médicos envolvidos no caso conhecido como “Máfia dos Órgãos” foram presos nesta segunda-feira (23), em Poços de Caldas, na região Sul de Minas Gerais. Eles são acusados de retirar e comercializar ilegalmente órgãos de um homem de 41 anos, que faleceu em 2001.

Segundo a Polícia Civil, os mandados de prisão contra João Alberto Góes Brandão, Cláudio Rogério Carneiro Fernandes e Jeferson André Saheki Skulski foram expedidos pela Justiça e cumpridos pela Polícia Militar. O trio foi levado para a Delegacia de Polícia Civil de Poços de Caldas e encaminhado ao presídio da cidade. O delegado responsável pela prisão não quis falar sobre o caso.

A acusação é que que eles teriam retirado as córneas e os rins de Paulo Lourenço Alves, de 41 anos, no Hospital Santa Casa de Poços de Caldas. O julgamento do caso foi realizado em julho de 2014, na mesma cidade.

Os médicos João Alberto Góes Brandão e Cláudio Rogério Carneiro Fernandes já foram condenados em outros casos semelhantes, como o da morte e retirada de órgãos do menino Paulo Veronesi Pavesi, de 10 anos, também em 2001.

Máfia de Órgãos

Quatro médicos já foram condenados, em fevereiro de 2013, por envolvimento em um esquema de tráfico de órgãos em Poços de Caldas. Alexandre Crispino Zincone, de 48 anos, foi condenado a 11 anos e seis meses de prisão; João Alberto Goés Brandão, de 44, Celso Roberto Frasson Scafi, de 50, e Cláudio Rogério Carneiro Fernandes, de 53, foram condenados a oito anos cada.

Além deles, foram denunciados ainda Félix Herman Gamarra Alcantara, de 71 anos, e Gérsio Zincone, de 77. Entretanto, os dois não chegaram a ser julgados porque o crime prescreveu. Os seis médicos foram acusados pelo Ministério Público por transplante irregular e remoção de órgãos de um paciente do Sistema Único de Saúde (SUS) - José Domingos de Carvalho, em 2001.

Com as condenações, um inquérito sobre a morte de Carlos Henrique Marcondes, o “Carlão”, que era administrador do Hospital Santa Casa até 2002 foi reaberto. Ele foi encontrado morto dentro do carro com um tiro na boca e, na época, os peritos teriam dito que ele foi vítima de suicídio. 

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