(Facebook/Reprodução)
Uma jovem transexual alega ter sido constrangida por seguranças da casa noturna DDuck DClub, que fica na região da Savassi, em Belo Horizonte. O caso, conforme relato da vítima, aconteceu na madrugada da última sexta-feira (27), ao tentar entrar na boate.
"...apresentei meu documento aonde ainda consta meu nome de registro e uma foto pré transição... Após eu mostrar minha identidade o segurança ficou comparando ela e olhando desconfiado para mim, e falou em alto e bom tom meu nome de registro: "fulano, você tem um outro documento que seja seu?"", contou Maria Catarina Bolena.
Na publicação, a jovem disse que outro segurança e o gerente da casa foram chamados e, devido a confusão, todos da fila ficaram sabendo que ela era transexual. Bolena relatou que dentro da boate foi constrangida novamente.
"Mas não vou deixar por isso mesmo, não vou fingir que nada aconteceu porque esse constrangimento nunca vai ser apagado da minha mente. Meus amigos descobriram meu nome de registro, pessoas desconhecidas souberam que eu sou trans e souberam meu nome de registro. E tudo isso por total despreparo e falta de boa vontade dos seguranças e de quem instrui eles", publicou.
A Duck DClub foi procurada pela reportagem, mas informou que irá se manifestar por meio de nota, que deve ser postada na página do Facebook da casa ainda nesta segunda-feira (30). Contudo, na rede social, um dos sócios da boate contou que orientou a equipe e "diversas medidas serão tomadas, incluindo um curso sobre diversidade e direitos humanos".
Boicote
A post de Bolena nas redes sociais recebeu 800 curtidas, centenas de comentários e foi compartilhado por mais de 100 pessoas. Muitos internautas falaram em boicotar a casa noturna em apoio à vítima.
"O boicote já está anunciado. Frequentava a casa eu e muito amigos, isso não acontecerá mais. Transfobia não passará!!", publicou um internauta. "Nossa! Seguranças de casas GLS PRECISAM de orientação a respeito desse assunto!!", disse outro.
"Já vi mais gente sendo mal tratada lá pelos seguranças. Fiquei de cara como uma balada LGBT pode contratar pessoas intolerantes. Mas pelo jeito até os organizadores são. Ridículos!".
Veja abaixo o relato completo de Maria Catarina Bolena: (function(d, s, id) { var js, fjs = d.getElementsByTagName(s)[0]; if (d.getElementById(id)) return; js = d.createElement(s); js.id = id; js.src = "//connect.facebook.net/pt_BR/sdk.js#xfbml=1&version=v2.3"; fjs.parentNode.insertBefore(js, fjs);}(document, 'script', 'facebook-jssdk'));