Transporte clandestino volta a agir no Terminal JK

Gabriela Sales - Hoje em Dia
04/07/2015 às 07:10.
Atualizado em 17/11/2021 às 00:45
 (Mauricio de Souza - 14.12.2012)

(Mauricio de Souza - 14.12.2012)

Seis meses após o Hoje em Dia mostrar a prática de transporte clandestino intermunicipal sendo ofertado livremente em Belo Horizonte, empresas voltam a operar no Terminal JK, no bairro Barro Preto, região Centro-sul da capital. Além de mudar de local, o esquema contou com um período onde praticamente não houve fiscalização desse tipo de prática.   Nos seis primeiros meses deste ano, o Departamento de Estradas de Rodagem (DER-MG) registrou 1.891 autos de infração, 58% a menos que nos seis primeiros meses de 2014, quando foram feitas 4.466 apreensões. Mas a diferença não significa redução do transporte clandestino intermunicipal. Segundo o departamento, por causa da aprovação tardia do orçamento, realizada somente em março deste ano, o DER-MG começou as fiscalizações somente no mês de abril.   Atração   As viagens regulares clandestinas são realizadas principalmente para as regiões mais pobres do Estado como o Norte de Minas, e vales do Jequitinhonha e do Mucuri. A forma de atrair passageiros é variada: em frente à rodoviária, pela internet, por telefone e até escritórios fora da capital são algumas das modalidades utilizadas.   Um dos motivos para o serviço ilegal ser atrativo é a diferença tarifária das passagens. Para a cidade de Teófilo Otoni, no Vale do Mucuri, por exemplo, enquanto a passagem regular custa R$ 127, o bilhete pelos clandestinos podem chegar a R$ 80.   Empresa flagrada há mais de dois anos em reportagem se muda para interior   A empresa CVA Turismo e Viagens, que teve a garagem e o escritório interditados pelo DER-MG em 2012 e no ano passado, voltou a operar no transporte clandestino. Mas no lugar de um ponto na capital, a viação negocia a venda de passagens de um número do interior do estado.   Por telefone, é possível fazer reservas e escolher as poltronas. O pagamento é feito no momento do embarque. “Paramos onde o passageiro desejar para o desembarque nas cidades”, explicou um funcionário que ofertava o transporte à reportagem. Perguntado, ele disse que estava em Governador Valadares, na região do Rio Doce.   Para “orientar” os passageiros, a empresa têm como suporte uma loja no Edifício JK, no Barro Preto. O local, identificado pelo funcionários como “guichê 24”, é o ponto de referência dos clientes. As viagens são realizadas todos os dias com embarque sempre às 19h30.   Uma passageira de 27 anos, que pediu anonimato, disse que usa o serviço ilegal. “O valor da passagem é menor. Mesmo sabendo do risco de ficar parada na estrada, vale a pena”, disse   Em nota, o DER-MG informou que realiza operações de fiscalização mensalmente com base em apurações internas do órgão em conjunto com os demais órgãos de fiscalização. Quanto ao Terminal JK, o departamento esclarece que o local é área privada e aberta ao público, sendo utilizada por agências de viagens de um modo geral, o que dificulta a identificação de ilegais. 

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