Transporte Rápido por Ônibus, o BRT, de Belo Horizonte vai se chamar Move

Hoje em Dia
11/08/2013 às 07:40.
Atualizado em 20/11/2021 às 20:52

Fez muito bem a BHTrans ao buscar identidade visual e um nome novo para o Transporte Rápido por Ônibus, com uma antecedência razoável de sua entrada em operação, prevista para março do ano que vem. Com os problemas verificados nas obras e os atrasos no cronograma, a sigla BRT estava ficando desgastada.
 
Tal desgaste é negativo para o esforço de mudança de hábito da população que usa o automóvel para se mover de um ponto a outro da cidade, congestionando ruas, poluindo o ar e consumindo gasolina. Move – o novo nome do BRT – parece uma boa escolha. É simples, de fácil memorização, e tem conotação de movimento em português, inglês e espanhol, como lembrou o presidente da BHTrans, Ramon Victor César. O Move deve contribuir fortemente para que o trânsito na cidade fique menos congestionado do que agora.
 
Para isso, é preciso que o Move funcione bem, com regularidade e conforto para os passageiros e represente economia para o bolso do consumidor. Pois só assim haverá a necessária mudança de hábito dos usuários dos automóveis. O sistema BRT, inventado há quase 40 anos pelo arquiteto paranaense Jaime Lerner, já provou sua utilidade em Curitiba, onde ele foi prefeito por três mandatos. Por isso, foi adotado por dezenas de grandes cidades em pelo menos 30 países.
 
O projeto de Lerner foi adaptado para Belo Horizonte, onde haverá múltiplas linhas – e não uma só, como em Curitiba – num mesmo corredor do Move. A decisão foi tomada pelo prefeito Marcio Lacerda em 2010. Em abril deste ano, esperava que até dezembro as três primeiras obras estivessem concluídas. O projeto compreende um complexo de corredores somando 160 quilômetros e custo estimado em R$ 5,5 bilhões.
 
Para março, o que se espera agora é que os primeiros ônibus do Move já possam circular ao longo de 25 quilômetros. Os recursos para essa primeira fase estão calculados em R$ 850 milhões. E ela será inaugurada ainda incompleta, pois só em 2015 deverão estar construídos dois viadutos exclusivos no trajeto dos ônibus.
 
Se não houver interrupção das obras, por falta de recursos, em 2020 o projeto estará integralmente concluído. Na visita a Varginha, na última quarta-feira, a presidente Dilma Rousseff prometeu verbas de R$ 7,3 bilhões para obras de mobilidade urbana em Belo Horizonte. Apesar do histórico de muitas promessas não cumpridas, feitas pelo governo federal para a capital mineira, não se pode desesperar – nem deixar a cidade parar.

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