Tratamento VIP para "astros" do zoológico de Belo Horizonte

Patrícia Santos Dumont - Hoje em Dia
28/04/2013 às 08:31.
Atualizado em 21/11/2021 às 03:13

No cardápio predileto estão cebola e cebolinha fresca, repolho e cenoura. Na sobremesa, abacaxi, manga e uva são os eleitos. Para acompanhar, suco de laranja com cenoura ou acerola.

A “dona” dessa dieta tem um jeito de ser bastante peculiar. Avessa a badalações e holofotes, prefere se esconder no bambuzal particular. Trata-se da gorila Imbi, remanescente da espécie no zoológico de Belo Horizonte.

Sozinha no recinto desde 2 de março – quando a companheira Kifta, de 13 anos, morreu –, ela mantém, segundo a bióloga Márcia Procópio, da seção de mamíferos do zoo, o comportamento inalterado.

Quem visita o espaço da gorila – uma área de 2 mil m² – percebe que Imbi não é muito receptiva a visitas. Na última quinta-feira (25), por exemplo, quando a equipe do Hoje em Dia esteve no local, foi difícil ver a primata fora do esconderijo favorito.

Aos 13 anos, ela deu o ar da graça, rapidamente, só uma vez durante a tarde. Tímida, preferiu ficar a maior parte do tempo escondida.

“Ela não gosta de foto e quando vê qualquer movimentação diferente daquela a que está acostumada, se esconde mesmo”, explica a bióloga.

Estímulos novos

Na pequena plantação de bambu, Imbi, que veio de um zoo da Inglaterra, em agosto de 2011, remexe as folhas secas em busca de sementes de girassol e de passas escondidas em casquinhas de sorvete.

O agrado faz parte da técnica de enriquecimento ambiental, que consiste em melhorar a qualidade de vida dos animais cativos, a partir de estímulos novos.

“Esconder alimentos e promover atividades diferentes é uma forma interessante de estimular a exploração do ambiente, comportamento normal no habitat natural”, explica Márcia Procópio.

Prevenção

Assim como os demais animais do zoo, Imbi também é submetida, periodicamente, a exames preventivos.

Diariamente, ela tem a saúde avaliada por tratadores e veterinários, que levam as três refeições diárias – à base de legumes, frutas e verduras – à área de tratamento da gorila.

Assim também acontece com os 3.367 animais que vivem na reserva da capital mineira. Os cuidados preventivos estão incluídos em uma agenda semanal elaborada pelos veterinários para monitorar e avaliar a saúde de todos.

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