Três pessoas, dois homens e uma mulher, foram denunciados pelo Ministério Público Federal (MPF), em Paracatu, na região Noroeste de Belo Horizonte, por vender anabolizantes e drogas pela internet. Caio César Ferreira da Silva, Camilo Mendes dos Santos e Camila Rodrigues Reis irão responder pelos crimes de tráfico internacional de anabolizantes e associação para o tráfico internacional de drogas.    De acordo com a denúncia, o trio comercializava anabolizantes, emagrecedores e estimulantes sexuais e abortivos de forma ilegal. Os produtos eram comprados no Paraguai e armazenados em um apartamento que Caio mantinha apenas para depósito e organização da venda das drogas na cidade mineira.   Entre os medicamentos e produtos terapêuticos ou medicinais apreendidos com os denunciados, foram encontrados os remédios Estanozolol, Equipoise, Nandrolone, Decaland, Deca 50, Deca Durabolin, Stanozoland, Stanazol, Winstrol, Metandrostenolona, Oxandroland, Oxitoland, Trembolona, Trembo-life, Durasteton, Ciclo 6, Duratestoland, Testoland e Testex. Vale lembrar que não os medicamentos não tinham o devido registro sanitário na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).   Outros produtos recolhidos são fabricados fora do Brasil e não podem ser comercializados por falta de registro e de homologação pelo Ministério da Saúde, entre eles, Hormotrop, Lipostabil, Brontel, Jack 3 e Pramil. O Desobesi-M teve sua comercialização proibida por conter Femproporex, substância de uso proibido. Além disso, a droga teve a fórmula modificada pelos acusados, tratando-se, portanto, de medicamento adulterado. Já os remédios contendo Sibutramina são enquadrados na categoria de substâncias psicotrópicas anorexígenas, já que causam dependência e efeitos adversos, como insuficiência renal, falência do fígado e alterações cardíacas.   Ainda conforme a denúncia, duas dessas substâncias ou medicamentos citados são considerados drogas: a sibutramina e o Jack3. Além disso, também foi descoberto que os produtos eram fabricados no exterior: Paraguai, México, Chile e até nos Estados Unidos. Adquiridos no Paraguai, via Foz do Iguaçu/PR. Eles eram despachados de Paracatu para outras cidades brasileiras pelos Correios.    Os investigadores apuraram ainda que Caio César e Camilo postavam de 10 a 18 encomendas, três ou quatro vezes por semana. Camila Rodrigues, por sua vez, tinha a função de ajudar na distribuição e entrega das drogas.   Os três denunciados também irão responder pelos crimes de adulteração de produto destinado a fins medicinais ou terapêuticos e tráfico de anabolizantes e de outras substâncias ilícitas. O tráfico de anabolizantes é considerado crime hediondo, com pena mínima 10 anos. A denúncia foi oferecida perante a Justiça Federal em Paracatu. (Com informações do MPF/MG)

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