Tudo misturado no Dia de São Francisco de Assis

Gabriela Sales - Hoje em Dia
05/10/2014 às 08:20.
Atualizado em 18/11/2021 às 04:28
Ter um bichinho em casa traz inúmeros benefícios, para a saúde mental, emocional e até física dos tutores.  (Eugênio Moraes/Hoje em Dia)

Ter um bichinho em casa traz inúmeros benefícios, para a saúde mental, emocional e até física dos tutores. (Eugênio Moraes/Hoje em Dia)

O dia do protetor dos animais, São Francisco de Assis, foi comemorado nesse sábado (4) em Belo Horizonte com uma série de atividades para os bichos e os proprietários. 


No Museu de Ciências Naturais da PUC Minas, no Coração Eucarístico, mais de 500 pessoas passaram pelo local para abençoar os animais, visitar a feira de adoção e expor bichos exóticos. “Um dia para saudar nossos melhores amigos e para aproximar as pessoas das questões relacionadas à proteção animal e ao meio ambiente”, explicou o coordenador do museu, Bonifácio Teixeira.


A cadelinha Fiona estava na fila para ser adotada. Ela foi resgatada de um lar em que estava abandonada. “Ela estava desnutrida e mal cuidada. Agora está brincalhona e pronta para ganhar um novo lar”, contou Talita Débora Pinto Miranda, de 25 anos. Carinhosa, Fiona não desgrudava do abraço carinhoso da estudante.


Além dos caninos, outros animais “comemoraram” a data. Entre as atrações, uma jiboia roubou a atenção de crianças e adultos.


Os amigos Mateus Assis, de 4 anos, Laura Oliveira e Mariana Gallas, ambas de 5 anos, foram os primeiros a desbravar o mundo dos répteis. “Foi emocionante. Ela (jiboia) é muito grande, mas é linda”, disse a pequena Mariana.


Apesar do medo de répteis, a jornalista Verônica Prado, de 38 anos, acha importante a interação entre animais e crianças e estimulou o filho Mateus a vencer o medo. “É uma forma dos nossos filhos saberem o valor da natureza e o respeito que devemos ter pelo meio ambiente e pelos animais”. Mesmo com o incentivo da mãe, o pequeno Mateus mostrou receio em tocar a cobra. “Tive um pouco de medo, mas foi muito legal”.


As aves de rapina foram outro atrativo da ocasião. A protagonista era a imponente Carol, um falcão responsável por retirar da pista de pouso e decolagem do Aeroporto da Pampulha, aves de menor porte.


No Parque Ecológico da Pampulha, o auxiliar administrativo Lucas Evaristo, de 25 anos, encontrou um novo amigo. “Foi amor à primeira vista. Vim para passear e agora estou levando um companheiro para casa”. No colo, o filhote, que ainda não tem nome, já se familiarizava com o novo dono.


O sentimento de amor fez com que o estudante Hugo Leonardo da Silva, de 16 anos, também fosse fisgado por um amigo canino. Pensando em adotar um filhote, o rapaz se rendeu aos encantos de um cãozinho já adulto. “Ele brinca, corre e vai ser um ótimo amigo para todos os momentos”, afirmou afagando o animal.


Animais recebem bênçãos em Santa Teresa e Pampulha


A defesa da paz e a preservação da natureza marcaram as celebrações do dia de São Francisco de Assis na Igrejinha da Pampulha e na Paróquia de Santa Teresa, onde os fiéis levaram animais de estimação para serem abençoados.


“Sou devota do santo da paz e da natureza, um santo que amou, abençoou e cuidou dos animais”, disse a dona de casa Antônia Sperandio, ao lado do poodle toy cinza, Toquinho. Antônia lembrou que o rio São Francisco foi batizado por ter sido “descoberto” pelos portugueses no dia 4 de outubro.


Pároco de Santa Teresa, padre Márcio pediu aos fiéis que orassem pelos bichinhos, destacando “a necessidade da preservação da vida em todos os ambientes, a vida humana e a vida dos animais”.


O padre Ademir Ragazzi, da Igreja de São Francisco de Assis, na Pampulha, mostrou-se sereno com os latidos dos cães, a cada vez que mais um adentrava a igrejinha de Niemeyer. “Os animais criados por Deus – que habitam as florestas, os céus e as águas – estão dentro de nossa casa e dentro de nossas vidas. Com a festa de São Francisco, estamos dividindo a grandiosidade da vida e o diálogo com a natureza. Esse é o grande desafio que Deus nos deixou. O homem não é senhor de tudo, mas deve assenhorar-se da paz”, afirmou o religioso.


A conscientização das pessoas aumentou em relação ao meio ambiente, segundo a veterinária Wanessa Tavares Vicentini, que exibia Loly, cadela sem raça definida, resgatada das ruas. “A proteção aos animais tem aumentado com a ajuda das redes sociais, que denunciam os maus-tratos”.


Para o empresário Manoel Guimarães, de 70 anos, a homenagem ao santo inspira as pessoas a terem a consciência mais voltada para a preservação da natureza. Ele foi pedir a bênção para Chanel, uma Lulu da Pomerânia, que acabou fazendo ‘xixi’ na porta da igrejinha. A esposa dele, Maria Guimarães, fez um bolo para repartir com todos os presentes. À noite, um show pirotécnico encerrou as comemorações em homenagem ao santo.

Atividade física estimulada em celebração aos idosos


Um dia dedicado ao incentivo à saúde e ao bem-estar na terceira idade encerrou as comemorações da Semana do Idoso, nesse sábado (4), em Belo Horizonte. Mais de 200 pessoas acordaram cedo para participar de uma série de atividades realizada no Parque Municipal Américo Renné Giannetti.


Antes da caminhada, aula de relaxamento, massagem e, claro, muita animação. Para os idosos, um momento de descontração e de construir novas amizades. Para a aposentada Maria da Conceição Macedo, 66 anos, o esporte serve de aliado para “espantar” as doenças. “Me sinto mais jovem e útil quando pratico atividade física”, contou.


Segundo o gestor do Núcleo de Bem Estar da Associação Brasileira de Apoio aos Aposentados, Pensionistas e Servidores Públicos (ASBP), Carlos do Amaral, o evento evidencia a importância dos idosos na sociedade. “Além de valorizar a melhor fase da vida, estamos proporcionando uma melhora na saúde, os tirando do sedentarismo”, explicou.


Pela primeira vez, a aposentada Eliane Cristine Machado, 57 anos, participou da caminhada. Para ela, o evento trouxe novas amizades. “Tive a satisfação de conhecer pessoas, além de sair do comodismo e sedentarismo. Sinto falta de companhia para conversar e, em momentos assim, fico mais feliz”.


Para o aposentado Geraldo Alves Machado, de 68 anos, a atividade física proporciona qualidade de vida. “Somente assim conseguimos espantar as doenças e as coisas ruins. Gosto de me sentir ativo e dinâmico. Isso faz com que minha saúde continue cada vez melhor”, afirmou.


Fechando a programação, os participantes fizeram uma caminhada pelo parque. Após a atividade, muita música e um lanche para retomar as energias. “É gratificante ter os nossos direitos reconhecidos. Isso é o que nos motiva a viver a terceira idade de forma tranquila”, destacou a aposentada Maria de Souza, de 65 anos. 

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