(UFMG)
Em meio à crise financeira que tem provocado atrasos até no pagamento de contas de água e luz – agravada pelo anúncio de cortes nos recursos repassados pela União –, a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) destacou-se nacionalmente pela qualidade do ensino e conquistou o terceiro lugar geral no Ranking Universitário Folha (RUF), divulgado nesta segunda-feira (14) pela Folha de S. Paulo.
A instituição ainda aparece entre as dez melhores universidades brasileiras em 38 dos 40 cursos mais procurados no país. Na avaliação do pró-reitor de graduação, Ricardo Takahashi, o cenário atual tem pouca ou nenhuma interferência nos resultados, frutos de trabalhos desenvolvidos a longo prazo.
“Eles vêm de políticas que se desdobram há 30 anos, da formação do corpo docente e dos pesquisadores, dos laboratórios de pesquisa, da maneira como os alunos são recrutados e orientados. Esses fatores são construídos ao longo dos anos. Dificilmente um ranking mostrará algo feito nos últimos 12 meses”, considera Takahashi.
Destaques positivos
O levantamento da Folha avaliou todas as 192 instituições de ensino superior do Brasil – públicas e privadas –, considerando o número de pesquisas publicadas pelas universidades, citações nas quais aparecem em artigos de grupos internacionais, pedidos de patentes feitos ao Instituto Nacional de Propriedade Particular, avaliação da qualidade dos cursos feita pelo Ministério da Educação neste ano e aceitação de egressos pelo mercado de trabalho.
No quesito qualidade de ensino, a UFMG ocupa a primeira colocação. Contratação de profissionais da instituição e inovação (pedidos de patentes) aparecem em segundo e terceiro lugares, respectivamente.
“Em rankings brasileiros, aparecemos ainda mais bem posicionados porque eles conseguem medir a dimensão do ensino, considerando indicadores que rankings internacionais muitas vezes não conseguem”, afirma o pró-reitor, lembrando que a UFMG já enfrentou outros momentos de dificuldade sem, contudo, perder a excelência em educação.
“Um ambiente externo favorável facilita, mas isso não é um requisito” - Ricardo Takahashi, pró-reitor de graduação da UFMG