UFMG adota plano mais rigoroso para retorno presencial de estudantes

Da Redação
portal@hojeemdia.com.br
06/06/2021 às 13:00.
Atualizado em 05/12/2021 às 05:06
 (Marcílio Lana / UFMG)

(Marcílio Lana / UFMG)

Com o agravamento da pandemia no primeiro semestre de 2021, provocado pela combinação do relaxamento das medidas de distanciamento com a lentidão da vacinação e o surgimento de novas variantes do Sars-CoV-2, a UFMG atualizou o plano para o retorno presencial dos estudantes, ainda sem data definida. 

Os novos critérios levam em conta a situação do estado de acordo com o programa Minas Consciente, a taxa de incidência de Covid-19 na cidade e o indicador de tendência de novos casos, que possibilita estimar o crescimento de diagnósticos.

“Essa atualização vai ao encontro da necessidade cada vez maior de promover um ambiente mais seguro para a comunidade universitária”, afirma a professora da Faculdade de Medicina Cristina Alvim, coordenadora do Comitê de Enfrentamento do Novo Coronavírus da universidade.

A primeira versão do documento indicava possíveis datas para o avanço das etapas de retorno de atividades presenciais e adotava como critério para avaliação das quatro fases apenas o nível de alerta das cidades onde estão localizados os campi da universidade. “Acrescentamos esses três parâmetros porque eles servem como ferramentas para observarmos a segurança do ambiente no nosso entorno”, explica a docente.

Os critérios para o avanço e o retrocesso nas etapas de retorno (0 a 3) também são novidades no plano. Para sair da etapa 0 para a 1, será necessário que ao menos um indicador da etapa 1 esteja estável há duas semanas para possibilitar o início de atividades presenciais levando em conta 20% de ocupação.

Para avançar da 1 para a 2, será preciso que ao menos três indicadores desse novo estágio estejam prevalentes há pelo menos quatro semanas, com 40% de ocupação. Para galgar da fase 2 para a 3, é necessário que os quatro indicadores da etapa 3 – a última na escala de retorno – estejam estáveis há pelo menos quatro semanas, sinalizando, portanto, baixo risco de transmissão.

“O primeiro plano considerava apenas a situação da cidade para o retorno das atividades presenciais. Os novos critérios possibilitam aperfeiçoar a avaliação dos riscos de transmissão e de contágio pelo novo coronavírus”, acrescenta Alvim. 

Testagem e Monitoracovid

As outras atualizações no plano de retorno referem-se aos testes de RT-PCR para diagnóstico do coronavírus e ao Monitoracovid, website que possibilita a autoverificação de sintomas antes de se dirigir à UFMG e a notificação de casos suspeitos e confirmados na comunidade acadêmica.

Com relação à testagem, o plano anterior previa que os exames fossem realizados apenas nos membros da comunidade que apresentassem sintomas. O novo plano propõe a ampliação dos testes para todos os indivíduos com os quais essa pessoa teve contato em atividade presencial na universidade, mesmo que estejam assintomáticos.

As diretrizes relacionadas ao Monitoracovid já estavam previstas no documento anterior, mas também houve mudanças. Antes, o acesso ao website era recomendado apenas para os membros da comunidade universitária em atividade presencial. Agora, o acesso é indicado em três tipos de situação: antes que as pessoas se dirijam a atividades presenciais na instituição ou a campos de estágio, em caso de suspeita da doença, para possibilitar o acesso ao Telecovid19, e, em caso de confirmação, para notificação e acompanhamento pelo próprio sistema.

O Monitoracovid recebeu, desde dezembro do ano passado, 17.719 acessos. Desse total, 664 foram direcionados para atendimento no Telecovid19, que confirmou 86 casos da doença. Cristina Alvim acrescenta que o novo plano continua prevendo a retomada lenta, em etapas, com restrição do número de pessoas, em estrito alinhamento com os indicadores epidemiológicos e as recomendações das autoridades sanitárias de Belo Horizonte e Montes Claros., no Norte de Minas Além disso, a nova versão continua considerando critérios quantitativos relativos ao teto de ocupação dos espaços de modo a garantir o distanciamento social e a implementação do monitoramento das pessoas que circulam nesses espaços.

“Tudo continuará sendo feito com parcimônia e com base em números e evidências robustas. Foi assim em março do ano passado, quando decidimos suspender as aulas presenciais, e agimos da mesma forma sempre que decidimos avançar ou retroceder etapas. A ciência será sempre a nossa baliza”, garante a reitora Sandra Regina Goulart Almeida.

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