UFMG amplia a transferência de tecnologia para o setor privado

Bruno Porto - Hoje em Dia
06/05/2013 às 07:08.
Atualizado em 21/11/2021 às 03:25

Líder em pedidos de patentes entre as universidades federais do país, a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) coleciona casos de sucesso entre os alunos-empreendedores. Nos últimos anos, o processo de transferência das inovações desenvolvidas em sala de aula e laboratórios para o mercado acelerou de forma relevante. De 2003 a 2012 foram 39 projetos que trilharam esse caminho, sendo 51% deles nos últimos três anos.

“É o resultado do esforço em disseminar a cultura empreendedora no ambiente acadêmico, que ainda é incipiente”, afirma o diretor da Coordenadoria de Transferência e Inovação Tecnológica (CTIT), Pedro Vidigal. A mobilização de pessoas concentradas no apoio ao trabalho de desenvolvimento de novas tecnologias também saltou de 30 para 52 desde 2010.

A perspectiva é de inflar mais o número de transferência de tecnologia e com qualidade ainda superior. Com R$ 8 milhões do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), do Ministério da Educação, um novo prédio, de quatro andares e 3 mil metros quadrados, está em construção para abrigar a incubadora de empresas e aceleradora de projetos, hoje em instalações que limitam o trabalho de inovação por questões técnicas.

“Temos limitado os projetos de biotecnologia, por exemplo, por exigências da Anvisa que não podemos cumprir no prédio atual, que não foi construído para este fim”, observa Vidigal.

No total, desde 1992, a UFMG registra 643 pedidos de propriedade industrial, que vão de patentes e registro de marcas, a desenhos industriais e programas de computador. Como o trâmite para verificação e registro é muito longo, oito anos em média, com casos que se arrastam há 12 anos, o mercado trabalha com a chamada expectativa de registro de patentes. A universidade tem hoje 96 tecnologias licenciadas nesse modelo (se o registro não se confirmar, o contrato passa por revisão).

O retorno financeiro à universidade ocorre por meio do pagamento de royalties e de taxa de acesso à tecnologia após a inovação ter chegado ao mercado.

A área do conhecimento que mais se destaca em geração de tecnologia é a engenharia (29% do total), seguida por farmácia (22%), biotecnologia (21%) e química (14%).

Entre as parcerias que já estão no mercado, destacam-se a Jota Smart Grid, que é parceira da Cemig no plano Cidade do Futuro, em que uma das vertentes é a maior eficiência energética, e a Treini, que desenvolveu roupas com fins terapêuticos e que melhoram a performance de atletas. Esse último produto entrou no radar do Comitê Olímpico.

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