Um ano e meio após instalação, radares começam a multar nas BRs

Izabela Ventura - Do Hoje em Dia
10/08/2012 às 06:44.
Atualizado em 22/11/2021 às 00:20
 (André Brant/Hoje em Dia)

(André Brant/Hoje em Dia)

Os 213 radares que começaram a ser instalados há um ano e meio em 15 rodovias federais que cortam Minas Gerais finalmente estão registrando os excessos de velocidade. Motoristas receberão, nesta semana, multas pelas infrações cometidas a partir de 9 de julho.  Segundo o superintendente regional do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) em Minas, o engenheiro José Maria da Cunha, a demora do início da fiscalização por meio dos dispositivos ocorreu devido a atrasos na licitação. O Dnit informou que não concluiu o balanço das multas aplicadas.   A previsão é a de que mais 208 radares sejam instalados em Minas até o fim de 2013, compondo o Plano Nacional de Controle Eletrônico de Velocidade (PNCV), do Dnit. Eles serão prioritariamente instalados nas rodovias com maior fluxo de veículos: BRs 116, 381, 356, 354 e 497. O valor investido em todo o país é de R$ 773,4 milhões nos cinco anos de implementação, sendo R$ 120 milhões para Minas, que tem a maior malha rodoviária federal. Os recursos são do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do governo federal.   Mesmo com os radares inoperantes, o Dnit afirma que houve redução de 15% no número de acidentes com mortos em Minas, de janeiro a abril deste ano, na comparação com o mesmo período de 2011. Junto com Goiás, o Estado recebeu o maior número de equipamentos. No entanto, a diminuição do território vizinho foi maior: 26%. A meta é reduzir, até o fim do programa, de 20% a 30% dos acidentes com óbitos em Minas. José Maria da Cunha atribui a queda das estatísticas à função inibidora dos radares, fazendo com que os motoristas “coloquem o pé no freio”. “É importante eles entenderem que só há punição em caso de desobediência”.   As placas informando a existência dos equipamentos nas rodovias, segundo ele, têm caráter educativo. Elas foram mantidas, embora uma resolução do Conselho Nacional de Trânsito (Contran) tenha derrubado essa exigência. “A proposta é dar orientação para que os motoristas não reduzam a velocidade bruscamente, podendo causar acidentes”, destaca.   Para Marcos Paiva, especialista em trânsito e perito em acidentes, não alertar o motorista sobre o radar é a melhor forma de garantir que eles não ultrapassem a velocidade máxima permitida. Ele também defende o aumento do efetivo de policiais rodoviários. “Infelizmente, a fiscalização não acompanha o crescimento da frota”.    Leia Mais na edição digital do Hoje em Dia

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