União barra R$ 8 milhões para revitalização do Parque Municipal

Renato Fonseca - Hoje em Dia
20/03/2015 às 08:28.
Atualizado em 18/11/2021 às 06:25
 (FREDERICO HAIKAL/Hoje em Dia)

(FREDERICO HAIKAL/Hoje em Dia)

No momento em que seria dado o primeiro passo rumo à audaciosa proposta de resgatar a história, valorizar o patrimônio e recuperar e ampliar uma das principais áreas verdes de BH, as intervenções previstas no Parque Municipal voltam à estaca zero. Com recursos assegurados desde 2012, a revitalização dependia apenas de um plano diretor específico para o local. Porém, o Ministério do Turismo voltou atrás e reduziu em 90% o repasse acordado há três anos.

O plano diretor, mostrado com exclusividade pelo Hoje em Dia na edição da última quinta-feira (19), está pronto e já recebeu, inclusive, aval do Conselho Deliberativo do Patrimônio Cultural. A requalificação do parque estava prevista para começar neste segundo semestre. As mudanças, aprovadas no estudo, incluem reforma em todas as portarias, novas pistas de caminhada, moderno complexo operacional e melhorias na acessibilidade a deficientes físicos.

ACORDO

A obra estava orçada em R$ 12,5 milhões. Um convênio foi assinado entre a Prefeitura de Belo Horizonte e o Ministério do Turismo, que prometeu repassar R$ 9,75 milhões. O restante seria uma contrapartida da PBH.

Sem a garantia do dinheiro, a Fundação de Parques Municipais (FPM) informou “estar reavaliando o projeto diante dos novos valores”. Não há previsão para o início das adequações, que prometem mais conforto aos visitantes, ambulantes e funcionários do parque Américo Renné Giannetti.

O Ministério do Turismo propôs a renegociação do contrato, em função da falta de dotação orçamentária, mas informou que isso não impede novos contratos no futuro com a prefeitura para a execução de outras etapas da obra.

A impossibilidade de iniciar a revitalização frustra usuários. Moradora do bairro Santa Efigênia, região Leste da capital, a fisioterapeuta Gabriella Garcia, de 27 anos, vai frequentemente ao local. “Minha casa fica perto e gosto de caminhar por aqui. Porém, a pista carece de melhorias. Alguns pontos apresentam buracos, e a pessoa corre o risco de levar tombo se estiver correndo”, afirma.

PARQUE DO FUTURO

A revitalização seria a primeira fase de grandes intervenções no Parque Municipal, conforme prevê o plano diretor. As futuras modificações ocorreriam em 2020 e 2050. A série de ações ao longo das próximas três décadas deverá ser revista a cada quatro anos, durante as conferências públicas municipais.

O principal objetivo do estudo é recuperar parte dos mais de 500 mil metros quadrados de verde que cederam lugar a estacionamentos, vias públicas e edificações. As mudanças atingiriam a área hospitalar, a avenida dos Andradas, a ferrovia e o bairro Floresta.

Rico em detalhes, o documento sugere a criação de passarelas ligando o Floresta ao parque, limpeza do córrego Acaba Mundo, que correrá a céu aberto, telhados verdes em prédios do entorno, funcionamento 24 horas por dia, retirada das grades e criação de um viveiro de mudas.

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