Universitários fazem homenagem para colega assassinada em Itajubá

Margarida Hallacoc - Hoje em Dia
21/08/2013 às 22:11.
Atualizado em 20/11/2021 às 21:12

Estudantes da Universidade Federal de Itajubá (Unifei), no Sul de Minas, fizeram na tarde desta quarta-feira (21) uma homenagem para a estudante Déborah Oliveira, de 18 anos. Ela foi assassinada na semana passada quando voltava para casa, depois da faculdade. Os manifestantes exigem mais segurança nas proximidades do campus da instituição.    Por volta de 15 horas, os estudantes começaram a se reunir em frente ao portão da Unifei, de onde saíram em caminhada até a igreja matriz. Lá foi celebrada uma missa de sétimo dia para a vítima, que era aluna do 2º período do curso de Sistema de Informação.   Conforme as investigações, a universitária caminhava rumo a sua casa quando desapareceu. O corpo dela foi localizado por policiais na tarde do dia seguinte, em uma construção. O corpo, com sinais de estrangulamento e violência sexual, foi submetido a vários exames e laudos periciais, cujos resultados ainda não ficaram prontos.    Os estudantes alegam que a reivindicação por mais segurança nas proximidades do campus é uma queixa antiga. "Aqui é um local de segurança precária nas imediações. É preciso mudar o relacionamento dos estudantes com a própria polícia e haver também uma parceria maior com os moradores da região", defende o presidente do diretório acadêmico, João Paulo Ferreira da Silva.   Sem expediente administrativo na parte desta tarde, a PM não informou sobre números de ocorrências registradas nas imediações do campus da Unifei. Para o capitão Paulo Renato Gama, no entanto, é hora de melhorar o sistema de monitoramento por câmera na saída dos alunos do campus. Ele também desaconselha o trajeto feito pela estudante no dia do crime. "É uma rua escura que deve ser evitada", diz.    Na noite em que Débora desapareceu, os próprios colegas e familiares da estudante fizeram buscas e percorreram várias ruas nas proximidades do campus na tentativa de localizar a estudante. Segundo os colegas da vítima, nenhuma viatura da PM foi vista rondando a região.   No dia seguinte, um morador de rua, de 36 anos, foi preso suspeito de matar a jovem. Ele foi visto vagando nas proximidades da construção onde o corpo foi encontrado. Com o homem, a polícia apreendeu uma sacola com algumas peças de roupas íntimas, entre elas, uma que teria sido reconhecida pelos familiares como sendo de Débora.     O andarilho prestou depoimento, chegou a ser liberado, mas teve o pedido de prisão acatado pela Justiça no ínicio desta semana. Ele está detido em uma cela separada da cadeia de Itajubá.   De acordo com o delegado Pedro Henrique Rabelo Bezzerra, em até 30 dias deverão estar concluídos os laudos da perícia realizada no corpo da jovem e, também, do DNA do suspeito. "Estes exames ajudarão a elucidar o caso, inclusive comprovar se houve ou não violência sexual contra a estudante", afirmou.

Compartilhar
Ediminas S/A Jornal Hoje em Dia.© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por