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Dados da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) também apontam um salto de 41% nas hospitalizações motivadas por uso de substâncias psicoativas, na faixa etária de 10 a 14 anos, na última década. Ansiolíticos, sedativos, maconha, alucinógenos, inalantes e tabaco foram causa de 717 internações na rede pública em 2018.
Cristiane Nogueira, coordenadora da Comissão de Saúde Mental do Conselho Regional de Psicologia de Minas Gerais (CRP-MG), no entanto, pondera que os diagnósticos desse público precisam ser cautelosos. “São seres em pleno vapor de desenvolvimento. Um diagnóstico de transtorno mental e comportamental pode produzir estigmas de doentes, transtornados, podendo reduzi-los a essa patologia”, diz.
A psiquiatra infantojuvenil Jaqueline Bifano acrescenta que essa é uma geração que não sabe lidar com as emoções. “São filhos de pais que trabalham muito e têm pouco tempo. Além disso, as coisas hoje em dia acontecem muito rápido e crianças e adolescentes não estão acostumados a esperar. Não desenvolveram a paciência e têm dificuldade com a frustração”, explica a especialista.Pixabay
Dicas
No entanto, a médica dá dicas para evitar situações extremas. Conforme Jaqueline, os jovens devem ter uma vida saudável desde a infância. “Os pais precisam dar mais atenção, dialogar mais e observar as mudanças de comportamento dos filhos. É preciso dar importância ao que realmente é importante”, alerta.
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