Usuário do metrô paga tarifa de R$ 3,40 a partir de hoje; protesto acontece na Praça 7

Tatiana Lagôa
tlagoa@hojeemdia.com.br
10/05/2018 às 20:34.
Atualizado em 03/11/2021 às 02:46
 (RIVA MOREIRA)

(RIVA MOREIRA)

Mesmo diante da indignação dos usuários, a nova tarifa do metrô de Belo Horizonte passa a vigorar a partir de hoje com o reajuste de 88,8%. O valor da passagem subiu de R$ 1,80 para R$ 3,40. Uma manifestação às 17h, na Praça 7, no Centro da capital, está sendo organizada na tentativa de que a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CTBU) volte atrás na decisão.

O ato é organizado pelo Sindicato dos Empregados em Transportes Metroviários e Conexos de Minas Gerais (Sindimetro-MG), que também tenta reverter a medida na Justiça. “Temos esperança de evitar esse absurdo”, afirma o presidente da entidade, Romeu José Machado Neto.

Ontem, ele se reuniu com o promotor de Justiça de Defesa do Consumidor de BH, Paulo de Tarso Morais Filho, para tratar do assunto. Segundo a assessoria de imprensa do MP, o promotor declarou que o poder público é quem deveria arcar com as despesas do sistema, que justificariam a elevação da passagem.

“Ele nos prometeu que notificaria a CBTU para ela se explicar sobre esse aumento abusivo. A empresa alega que não teria condições de seguir com as operações sem esse dinheiro. Mas, se fosse assim, não estaríamos funcionando durante todos esses anos”, argumenta Romeu José.

Em nota, a CBTU disse não ter recebido qualquer orientação dos controladores do órgão para revisar os prazos ou a forma de implementação dos novos preços. “Ressaltamos que o valor do bilhete em Belo Horizonte se mantém congelado há cerca de 12 anos”, concluiu.

Escalonamento

A proposta de parcelar o reajuste nos próximos anos chegou a ser apresentada à União por deputados e senadores mineiros. Por meio de nota, o Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão se declarou favorável ao aumento gradual do tíquete, mas ressaltou que a decisão cabe à CBTU em conjunto com as pastas de Planejamento e das Cidades. O órgão reforçou ainda a necessidade de recomposição das tarifas, que estariam “desatualizadas”. 

Já o Ministério das Cidades afirmou, também em nota, que o aumento dos bilhetes deve seguir o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumulado desde o último reajuste tarifário. O valor não foi informado.

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