Vários rostos e desejos tomam as ruas da capital mineira

Iêva Tatiana - Hoje em Dia
23/06/2013 às 13:28.
Atualizado em 20/11/2021 às 19:23

O sétimo dia de manifestações em Belo Horizonte reuniu um público diversificado, de várias idades e motivações, mas com o foco na mudança do país. Não é apenas o valor da passagem de ônibus que levou essas pessoas para as ruas. As demandas são muito mais amplas, vão muito além dos centavos, na avaliação do estudante Juliano Cardoso de Barros, de 19 anos. “Os políticos estão achando que somos bobos, porque mexem em estádios mas não melhoram a educação. Gastam nosso dinheiro em vão”, disse.

Famílias se fizeram representar, na expectativa de que os filhos, ainda pequenos, possam ter um futuro melhor. Idosos, que já participaram de outras lutas, também não se intimidaram e foram para as ruas.

Radicado no Brasil há 26 anos, o peruano Félix Rivera, de 75, juntou-se aos manifestantes para reivindicar melhorias para o país que ele adotou. Essa é a terceira vez que ele participa dos atos que vêm sendo realizados na cidade durante toda a semana.

“Estou gostando muito do que está acontecendo aqui. Fiquei triste ao saber que o Movimento Passe Livre, de São Paulo, decidiu parar, porque esses atos têm muita força para acabar com a impunidade e a corrupção. Eu sou naturalizado brasileiro e voto nas eleições nacionais desde 1989, mas sempre tenho que escolher o candidato menos pior”, disse Rivera.

Para o peruano, que pediu para ter o rosto pintado com as cores da bandeira brasileira, é importante que a sociedade tenha consciência da importância de participar das manifestações e de lutar por melhorias. “Só o povo poderá resgatar a política da politicagem. É desses movimentos que surgem novas lideranças”, afirmou.

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