
O coronel da reserva da Polícia Militar, de 50 anos, vítima de tortura em um condomínio em Igarapé, na Grande BH, está acordado e consciente, no Hospital de Pronto Socorro (HPS) João XXIII. A informação consta em boletim médico divulgado pela PM nesta quarta-feira (8). Ele saiu do respirador e já pode receber dieta líquida pela boca.
A mulher dele, uma cabo de 34 anos, teve a sedação cortada. Ela está em estado gravíssimo, na mesma unidade de saúde, após passar por uma cirurgia. Uma tomografia realizada nesta manhã constatou que não houve aumento da lesão. A militar deve acordar assim que o efeito do medicamento passar.
Os policiais foram torturados e baleados dentro de casa, em Igarapé, na região metropolitana, na madrugada de segunda-feira (6). Os bandidos atiraram nas cabeças das duas vítimas. O carro do casal foi usado para a fuga e queimado em seguida. Três dos suspeitos pelo crime foram mortos em um confronto com a Polícia Militar na noite do mesmo dia.
Suspeitos presos
Na noite de terça-feira (7), a força-tarefa criada para investigar o caso prendeu mais um suspeito de participar da tortura. Dessa forma, aumentou para três o número de presos pelo crime.
Dois suspeitos, detidos na segunda-feira (6), foram ouvidos na tarde de terça-feira (7) no Departamento de Operações Especiais (Deoesp), em Belo Horizonte.
Segundo o delegado Marcus Vinicius Lobo Leite Vieira, os envolvidos, de 22 e 23 anos, confessaram a participação. O grupo também é suspeito de cometer outros crimes na mesma região. “Ao passarem em frente ao sítio dos policiais militares, eles verificaram que a porteira estava aberta e que as vítimas estavam fazendo um tipo de limpeza no local. Então, o grupo resolveu fazer a abordagem. Ao perceberem que se tratavam de policiais, agrediram brutalmente as vítimas", disse o delegado.
* Com Rosiane Cunha