Valadares ‘convoca’ libélulas para impedir eclosão de larvas do Aedes

Ana Lúcia Gonçalves - Hoje em Dia
17/02/2016 às 07:15.
Atualizado em 16/11/2021 às 01:26

GOVERNADOR VALADARES – Valadarenses pretendem “convocar” libélulas para o front na guerra contra o mosquito Aedes aegypti. As larvas do inseto comummente encontrado em áreas úmidas e alagadiças são um predador natural das larvas do transmissor da dengue, chikungunya e zika.

Como o chamariz da libélula é a crotalária, planta que se adapta facilmente a todo tipo de ambiente, a proposta da prefeitura é semeá-la por vários cantos da cidade.

Desde ontem, as sementes são distribuídas à população, para ser plantadas em áreas verdes de escolas, órgãos públicos e unidades de saúde, além de praças e canteiros da cidade. Segundo a secretária municipal de Saúde, Kátia Barbalho Diniz Costa, várias cidades brasileiras estão plantando a crotalária e obtendo sucesso. “A situação ainda pode se agravar se a sociedade e o governo não estiverem unidos nessa mobilização”, disse.
Valadares tem cerca de 270 mil habitantes e 153 agentes de endemias.

Comitê

O Comitê de Combate ao Aedes Aegypti foi instalado ontem, em reunião na Câmara Municipal. O grupo é formado por membros do governo e da sociedade civil organizada, tendo como missão definir as ações na erradicação do mosquito (A.L.G.)

Relação entre larvicida e microcefalia é ‘mal entendido’, informa associação

A Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco) esclareceu que a suposta relação entre o larvicida pyriproxifen e a microcefalia não passa de um “mal entendido”, mas, ainda assim, dois Estados optaram por interromper o uso do químico na água potável. O governo do Rio Grande do Sul afirmou que a medida foi tomada “por precaução”. Já o Pará apenas informa que o produto foi suspenso até segunda ordem. O pyriproxifen tem a capacidade de parar o desenvolvimento do mosquito Aedes aegypti, impedindo que ele chegue à fase adulta e se torne um transmissor de doenças como dengue, chikungunya e zika.

Uso de raios Gama para esterilizar mosquitos em Fernando de Noronha

Com a ajuda da energia nuclear, cientistas do Centro de Pesquisas Aggeu Magalhães, da Fiocruz em Pernambuco e da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) estão esterilizando mosquitos machos do Aedes aegypti. O objetivo da nova estratégia, ainda em fase de teste, é diminuir a população desses mosquitos. Ao todo, 36 mil insetos estéreis foram soltos na vila da praia da Conceição, em Fernando de Noronha. Produzidos no insetário da Fiocruz-PE, os mosquitos são submetidos a radiação gama, cuja fonte radioativa é o Cobalto 60, quando ainda estão na fase de pupa (última etapa antes da fase adulta ou alada). Segundo a professora do departamento de energia nuclear da UFPE Edvane Borges, 48 segundos são suficientes para tornar os machos inférteis. “Como a fêmea do mosquito fica disponível para acasalar apenas uma vez ao longo da vida, o cruzamento com machos estéreis impede a reprodução”, afirma a pesquisadora.

Fiocruz investiga se infecção por zika foi causa de aborto no Rio de Janeiro

A Fiocruz vai investigar se o zika foi a causa da morte de um feto após a mãe contrair o vírus. A suspeita é a de que esse seja o primeiro caso de infecção e morte causada pelo vírus ainda no útero. A mãe teve uma gravidez normal, mas foi infectada no sexto mês de gestação.

Compartilhar
Ediminas S/A Jornal Hoje em Dia.© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por