Vale apresenta proposta para acordo por Brumadinho e Governo de Minas retoma negociações

Rosiane Cunha
rmcunha@hojeemdia.com.br
29/01/2021 às 18:45.
Atualizado em 05/12/2021 às 04:03
 (Flávio Tavares)

(Flávio Tavares)

O Governo de Minas informou nesta sexta-feira (29) que a Vale apresentou uma nova proposta em relação à tentativa de acordo para reparação dos danos socioeconômicos coletivos causados pelo rompimento da barragem Mina Córrego do Feijão, em Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, em janeiro de 2019.

"As instituições que representam o Poder Público avaliam que há perspectiva de evolução nas negociações. Por isso, elas serão estendidas", diz o comunicado.

Na semana passada, o https://www.hojeemdia.com.br/horizontes/trag%C3%A9dia-de-brumadinho-estado-encerra-audi%C3%AAncias-com-a-vale-ap%C3%B3s-mais-um-encontro-sem-acordo-1.821446 as audiências e deu um ultimato para que a mineradora apresentasse uma nova proposta e disse que o processo iria voltar para julgamento na primeira instância na Justiça.

As conversas, que estão sendo mediadas pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), visam encerrar processo judicial e dar celeridade na reparação pela tragédia, que completou dois anos e deixou 270 pessoas mortas e 11 corpos desaparecidos. Cerca de 11,7 milhões de metros cúbicos de rejeitos vazaram após o rompimento da estrutura, gerando destruição e danos a comunidades e ao meio ambiente de Brumadinho e de outras cidades da calha do rio Paraopeba.

O Estado pede R$ 26,7 bilhões, além de R$ 28 bilhões por danos morais. Porém, a Vale não concorda com os valores. “É o momento de a Vale assumir a sua responsabilidade, agir com dignidade e reparar os danos que foram causados aos mineiros ou demonstrar o seu antagonismo com Minas Gerais e a sua posição de inimiga dos mineiros. Nós não vamos nos lançar em um leilão para definir o valor deste acordo. Os projetos que foram apresentados somam um valor que é o mínimo necessário para garantir a recomposição dos danos gravíssimos causados para a população atingida”, explicou o secretário-geral, Mateus Simões.

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