Vale eleva nível de barragens em Macacos e Ouro Preto, mas Defesa Civil descarta novas evacuações

Rosiane Cunha
28/03/2019 às 01:00.
Atualizado em 05/09/2021 às 17:59
 (Rosiane Cunha/Hoje em Dia)

(Rosiane Cunha/Hoje em Dia)

Três barragens da Vale em Minas Gerais, a B3/B4 na mina de Mar Azul, no distrito de Macacos, em Nova Lima, na Grande BH; e as minas Forquilhas 1 e 3, em Ouro Preto, na região Central, entraram em alerta máximo para o risco de rompimento na noite dessa quarta-feira (27). Elas foram alteradas de nível 2 para o nível 3 de segurança.

Em Macacos, distrito de Nova Lima, a sirene foi acionada às 22h30. Mas, segundo a Defesa Civil, não haverá necessidade de retiradas de moradores. “Isso significa que as pessoas que vivem nessa área secundária tenham tratamento diferenciado e sejam treinadas para, em caso de real rompimento, elas saibam para onde têm que deslocar com segurança”, explica o tenente-coronel Flávio Godinho, coordenador-adjunto da Defesa Civil de Minas Gerais.

Ainda de acordo com Godinho, cerca de  250 pessoas já estão fora de suas casas desde o dia 16 de fevereiro, após a estrutura, que possui aproximadamente 3 milhões de m³ de rejeitos, passar para o nível 2. 

A preocupação agora se volta para os cerca de cinco mil moradores de regiões secundárias que devem ser treinados nos próximos dias. São 2.900 moradores do distrito de Honório Bicalho, em Nova Lima, onde a lama chegaria em 1h03; e 2.300 da cidade de Raposos, também na Grande BH, onde demoraria 1 hora e 45 minutos em caso de rompimento.

“Nós vamos discutir agora as ações a serem tomadas. Mas, a PM vai monitorar esses locais toda a madruga e 24 horas por dia até que os moradores passem pelo treinamento”, garante Godinho. "Eu estive em Macacos e a população está ansiosa e sofrendo com essa situação. Nós tivemos o zelo de obrigar a Vale a passar com um carro de som avisando antes que a sirene fosse acionada”, completou.

Ouro Preto

Ainda de acordo com a Defesa Civil, em caso de rompimento da barragem Forquilha 1 e 3, a mancha não atingiria a cidade. Mas, apenas a zona rural da cidade, onde havia apenas quatro moradores e já foram retirados. “As pessoas podem ir a Ouro Preto, que é um importante centro turístico do Estado e que não será afetado em caso de um rompimento”. 

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