Vale já pagou mais de cem doações de R$ 100 mil para familiares de vítimas de Brumadinho

Agência Brasil
05/02/2019 às 19:28.
Atualizado em 05/09/2021 às 16:24
 (Flávio Tavares/Arquivo Hoje em Dia)

(Flávio Tavares/Arquivo Hoje em Dia)

A Vale informou que já foram pagas 107 doações de R$ 100 mil a representantes de mortos e desaparecidos no rompimento da barragem da Mina Córrego do Feijão, em Brumadinho, na Grande BH. De 31 de janeiro até essa segunda (4), 248 pessoas se registraram como representantes de atingidos pela tragédia.

Segundo a companhia, a partir desta quarta-feira (6) o atendimento será feito em dias úteis das 9h as 18h, na Estação Conhecimento de Brumadinho, no quilômetro 49 da Rodovia MG 040, Área Rural da cidade. A Vale ainda não estipulou prazo para encerramento dos registros.

Representantes de empregados da Vale, de trabalhadores terceirizados e de pessoas da comunidade falecidos ou desaparecidos, conforme lista oficial validada pela Defesa Civil, estão aptos a receber a doação. Quem quiser consultar pode acessar o site vale.com/brumadinho.

Conforme a companhia, apenas um representante poderá receber a doação. Na ordem de preferência, em primeiro estão os responsáveis legais por filhos menores, depois o cônjuge ou companheiro em regime de união estável, em seguida os descendentes e, por último, ascendentes.

“Importante esclarecer que essa doação não é relacionada a qualquer potencial indenização devida, que será discutida em detalhe com as famílias e representantes do poder público”, informou a Vale em nota, acrescentando que ainda vai avaliar casos excepcionais.

Para tirar dúvidas sobre o processo de registro, a empresa disponibilizou os números 0800 031 0831 (Alô Brumadinho), 0800 285 7000 (Alô Ferrovias) e 0800 821 5000 (Ouvidoria da Vale).

Barreira

A terceira membrana de contenção instalada no Rio Paraopeba entrou em operação hoje (5). A instalação do equipamento é para proteger o sistema de captação de água de Pará de Minas, município localizado a 40 quilômetros (km) de Brumadinho, e garantir o abastecimento contínuo da região. De acordo com a Vale, essa é uma medida preventiva e faz parte do plano apresentado pela companhia ao Ministério Público e aos órgãos ambientais.

A Vale continua fazendo o monitoramento da água e de sedimentos em 46 pontos ao longo do Rio Paraopeba até a foz do Rio São Francisco. Segundo a empresa, as coletas diárias são enviadas para análise química. Além disso, a cada hora é realizada uma análise de turbidez, em outros quatro pontos. “O rejeito que vazou da barragem 1 está concentrado no córrego Feijão e Carvão e na sua confluência com o Paraopeba”, informou a Vale.

A barreira de contenção, com 50 metros de comprimento e profundidade que varia de dois a três metros, funciona como um tecido filtrante, evitando a dispersão das partículas sólidas, como argila, silte e matéria orgânica, que provocam a turbidez da água e alteram sua transparência.

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