Vale planejava esvaziar a barragem de Córrego do Feijão somente em julho deste ano

Juliana Baeta
15/02/2019 às 17:26.
Atualizado em 05/09/2021 às 16:34
 (Corpo de Bombeiros/Divulgação)

(Corpo de Bombeiros/Divulgação)

​O documento que determinou a prisão dos oito funcionários da Vale nesta sexta-feira (15), mostra que, mesmo sabendo do risco envolvendo a barragem da Mina de Córrego do Feijão, a empresa pretendia esvaziar a estrutura somente em julho de 2019. A informação transcrita na decisão como prova foi dada durante o depoimento de uma testemunha ao Ministério Público de Minas Gerais.  

Ele relata que "no primeiro semestre de 2018 foi constatado um problema adicional da estrutura da barragem em razão da instalação de Drenos Horizontais Profundos (DHPs)", o que teria por consequência o rebaixamento do nível de água dentro do depósito da barragem B1 com o objetivo de diminuir a pressão do fluído de rejeitos. 

No entanto, ainda conforme o depoimento, "apenas no final de 2018 foi pensado o projeto de descomissionamento da barragem, que exigiria o prévio reforço na estrutura e a implementação da bateria de poços a fim de que a fim de que o nível d'água fosse rebaixado dentro do depósito. Entretanto, afirmou que tais medidas não chegaram a ser iniciadas, com execução apenas para junho/ julho de 2019". 

Procurados pela reportagem na chegada ao Departamento Estadual de Investigação de Crimes contra o Meio Ambliente (DEMA), os detidos e seus advogados não quiseram apresentar sua versão dos fatos. Por meio de nota, a Vale informou que "permanecerá contribuindo com as investigações para a apuração dos fatos, juntamente com o apoio incondicional às famílias atingidas".

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