Vale tem 18 barragens sem declaração de estabilidade válida

Da Redação
01/10/2019 às 15:23.
Atualizado em 05/09/2021 às 22:01
Mina Mar Azul, em Macacos, na cidade de Nova Lima  (Divulgação / Vale)

Mina Mar Azul, em Macacos, na cidade de Nova Lima (Divulgação / Vale)

A Vale divulgou nesta terça-feira (1º) informações atualizadas sobre as declarações de estabilidade necessárias para que cada barragem possa ser utilizada em suas operações. De acordo com a mineradora, 82 estruturas espalhadas pelo Brasil tiveram Declarações de Condição de Estabilidade (DCE) positivas. Contudo, outras 18 foram reprovadas e estão sem renovação.

O levantamento mostra que três estruturas que haviam sido reprovadas em abril deste ano melhoraram suas condições de estabilidade e, por isso, conseguiram as DCEs positivas. São elas: barragem 5, da Mina Águas Claras, e barragem Taquaras, da Mina Mar Azul, ambas em Nova Lima, na Grande BH; e a barragem Pondes de Rejeitos da unidade Igarapé Bahia, no Pará. 

Porém, neste semestre, a barragem de sedimentos Capim Branco, do Complexo Paraopeba, recebeu DCE negativa. Ela passou para o nível 1 de emergência, mas, por enquanto, não há necessidade de evacuação das Zonas de Autossalvamento (ZAS). 

A Vale informou que, apesar das DCEs negativas, não altera a projeção de vendas de minério de ferro e pelotas. O volume projetado para 2019 foi mantido entre 307 e 332 milhões de toneladas.

Confira as barragens com DCEs negativas:

  • barragem Sul Superior, da Mina Gongo Soco;
  • barragem Sul Inferior, da Mina Gongo Soco;
  • barragem B3/B4, da Mina Mar Azul;
  • barragens Forquilha I, Forquilha II, Forquilha III e Grupo, do complexo Fábrica;
  • barragem Vargem Grande, do Complexo Vargem Grande;
  • Dique B e barragem Capitão do Mato, da Mina Capitão do Mato;
  • barragem Marés II, do complexo Fábrica;
  • barragem Campo Grande, da Mina Alegria;
  • barragem Maravilhas II, do Complexo Vargem Grande;
  • barragem Doutor, da Mina Timbopeba;
  • sistema Pontal, do Complexo de Itabira;
  • barragem VI, da Mina Córrego de Feijão
  • barragem de Captação de Água da unidade Igarapé Bahia
  • barragem de sedimentos Capim Branco, do Complexo Paraopeba

Em nota, a mineradora frisou que está trabalhando para aumentar os fatores de segurança de todas as barragens. "A Vale reitera que sua prioridade é com a segurança de todas as suas estruturas e, consequentemente, da população e trabalhadores a jusante de suas operações", destacou no comunicado.

Sem estabilidade

No levantamento divulgado nesta terça, a empresa explicou que as barragens desativadas com alteamento a montante, iguais às que se romperam em Mariana e Brumadinho, permanecem com DCEs negativas. São elas: barragem Sul Superior, da Mina Gongo Soco; barragem B3/B4, da Mina Mar Azul; e barragens Forquilha I, Forquilha II, Forquilha III e Grupo, do complexo Fábrica. 

Com relação a essas estruturas, a mineradora destacou que já evacuou as ZAS, mantém os reservatórios secos, e que já iniciou o processo de descaracterização delas. 

A barragem Vargem Grande, do Complexo Vargem Grande, também desativada e com alteamento a montante, manteve sua DCE negativa. No entanto, em função do rebaixamento do nível de água do reservatório, a barragem teve seu nível de alerta reduzido de 2 para 1.

As outras estruturas com DCEs negativas estão interditadas em nível 1 de emergência do Plano de Ação de Emergência de Barragens de Mineração (PAEBM), sem a necessidade de evacuação das ZAS.

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