Vale terá que pagar pela perfuração de 50 poços para garantir abastecimento de água na Grande BH

Cinthya Oliveira
24/10/2019 às 20:15.
Atualizado em 05/09/2021 às 22:23
 (Agência Brasil)

(Agência Brasil)

A Vale terá de custear a perfuração de 50 poços artesianos para garantir o abastecimento de 40 clientes especiais da Copasa, como hospitais e presídios, em um possível momento de crise hídrica na Região Metropolitana de Belo Horizonte. A determinação faz parte de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) acordado entre a mineradora, a empresa responsável pelo abastecimento da região e o Ministério Público, homologado nesta quinta-feira (24) na 6ª Vara da Fazenda Pública e Autarquias da capital.

De acordo com a promotora Andressa Lanchotti, o texto traz uma série de medidas emergenciais que devem ser colocadas em prática para evitar um desabastecimento de água na Grande BH. O fornecimento do serviço na região ficou prejudicado em janeiro, quando a estação de captação do rio Paraopeba teve de ser desligada por causa do rompimento da barragem da Mina do Córrego do Feijão, em Brumadinho. 

Além da perfuração de poços - que vão garantir o fornecimento de água para endereços importantes, como o Hospital de Pronto-Socorro João XXIII e o campus Pampulha da UFMG -, o TAC determina também a reativação de poços da Copasa que estavam desligados. 

A Copasa informa que caso seja identificada a necessidade de qualquer tipo de restrição de abastecimento será a primeira a vir a público para compartilhar informações e orientar as pessoas. A Companhia diz ainda que está cobrando rotineiramente da Vale o cumprimento das obrigações já assumidas judicialmente, além de outras ações necessárias, para que a população da Região Metropolitana de Belo Horizonte não seja penalizada.

A Vale confirmou, por meio de nota, a homologação do segundo aditivo ao TAC firmado com a Copasa, Governo de Minas Gerais e Ministério Público de Minas Gerais, estabelecendo medidas de caráter emergencial que irão garantir maior capacidade de abastecimento de água à Grande BH.

Segundo a empresa, "entre as medidas estão uma interligação com o sistema das velhas e reativação de poços artesianos para entidades como hospitais e presídios, além da reativação de poços do vetor norte da RMBH. Ficou definido ainda que, no prazo de 15 dias, a Vale vai apresentar uma proposta de preservação do Rio das Velhas".

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