Vazamento da Copasa abala imóvel no Pompéia

Patrícia Santos Dummont - Do Hoje em Dia
04/10/2012 às 06:40.
Atualizado em 22/11/2021 às 01:47
 (Frederico Haikal)

(Frederico Haikal)

Há quase três anos, o aposentado José Barbosa dos Santos, de 82, não pode utilizar a garagem de casa e vive sobressaltado pela possibilidade iminente do desabamento da residência. Assim como outros imóveis da capital mineira, a casa onde o aposentado vive há mais de 60 anos teve a estrutura comprometida pelo rompimento de um cano da Copasa. O acidente, que aconteceu em janeiro de 2010, abalou o muro do imóvel, de cerca de 30 metros de comprimento, e a varanda.

A casa fica na rua 28 de Setembro, no bairro Pompéia, região Leste de Belo Horizonte. Sob risco de desabamento, a garagem, que ainda precisa ser sustentada por escoras de madeira, continua interditada. “Nunca mais pude guardar meus carros aqui. O meu fica na casa de um filho, tivemos que alugar uma vaga para meu outro filho e o carro do meu neto fica na rua”, disse Santos.

Indenização

Sem acordo com a Copasa, o aposentado acionou a Justiça há cerca de seis meses. Ele pede indenização por danos morais e o reparo imediato dos estragos provocados pelo rompimento do cano na calçada em frente ao imóvel.

O valor da indenização ainda não foi fixado, já que um perito deve ser enviado, este mês, para reavaliar as condições da casa. “Seguramente, os reparos ultrapassam os R$ 10 mil oferecidos pela empresa naquela época. São trincas enormes, afundamento do terreno e rachaduras de cima a baixo”, afirmou José Barbosa.

Em nota, a Copasa informou que os problemas da casa foram causados pelo vazamento em uma rede de água. Segundo a empresa, o valor da indenização, proposto em 2010, foi definido com base nos danos identificados pela perícia e que, como a oferta foi recusada, o caso está sendo avaliado pela Justiça.

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