(Wesley Rodrigues/ Hoje em Dia)
Durante o protesto "Fora, Dilma", que toma a Praça da Liberdade, neste domingo, vendedores ambulantes e manifestante que comercializavam material como bandeiras e camisetas entraram em atrito com fiscais da prefeitura de BH.
Segundo o vendedor de água Wanderlei Rodrigues, um dos agentes o agrediu na cabeça com o rádio comunicador. O sobrinho dele, Fábio Henrique, disse que tentou apartar a briga e acabou preso. O gerente de fiscalização da PBH, Cristiano Nicodemos, alegou que os agentes apenas revidaram às agressões dos ambulantes.
De acordo com o tenente Coronel Vitor, apenas a venda de água e pipoca é permitida. Os pipoqueiros já possuem autorização para o comércio ambulante. Porém, logo no início da manifestação, fiscais tentaram apreender de manifestantes bandeiras e camisetas que eram vendido para o protesto, em desacordo com o Código de Posturas da cidade. Eles chegaram a ser "expulsos" sob gritos de "vagabundos", "petistas", sem recolher o material.
Um dos responsáveis pela venda dos produtos, Maurício Vidal, justificou que não se tratava de comércio. "Isso não é material comprado com dinheiro particular. Não é uma venda direta. Contribui quem quer. O importante aqui é tirar a Dilma", justifica.
Ambulantes reclamaram que houve tratamento diferenciado entre eles e os manifestantes por parte dos fiscais. O secretário regional Centro-Sul da PBH, Marcelo de Souza e Silva, negou esse procedimento. Segundo ele, não há venda de materiais na Praça da Liberdade. "É uma forma de doação. A pessoa doa um valor e recebe um brinde em troca. É diferente de venda", explica.
A manifestação em Belo Horizonte já reune cerca de 2 mil pessoas na Praça da Liberdade.