Verão mineiro terá chuva intensa, mas mal distribuída pelo Estado

Raquel Ramos - Hoje em Dia
15/12/2015 às 07:09.
Atualizado em 17/11/2021 às 03:20
 (Hoje em Dia)

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O verão está prestes a começar. E após dois anos seguidos com temperaturas nas alturas e poucas chuvas de dezembro a março, boa parte dos mineiros voltará a ver a água cair do céu nesta estação que se inicia na próxima segunda-feira. A informação é do ClimaTempo que, nessa segunda (14), deu a previsão para todo o período.

Segundo o meteorologista Alexandre Nascimento, bloqueios atmosféricos – que impedem o avanço das frentes frias, retendo-as no Pacífico – justificam a seca dos últimos dois verões. Ao que tudo indica, a condição não se repetirá em 2016.

Com isso, afirma, as precipitações voltam a marcar a estação, embora dentro da média histórica já esperada para a época. “O sul, Zona da Mata e Triângulo serão as regiões mais chuvosas do Estado. Provavelmente, o volume de água ultrapassará o índice aguardado para o período”, disse Alexandre. Situação oposta a do Norte de Minas e Vale do Jequitinhonha, que só erão precipitações a partir de fevereiro.

Belo Horizonte e as cidades da região metropolitana também só devem ver a água cair do céu com mais frequência na segunda metade do verão.

“As chuvas estão mal distribuídas. Mesmo assim, acreditamos que Minas fechará a estação com um saldo positivo, ainda mais se comparado com 2013 e 2014, extremamente secos”, disse Alexandre.

Pancadas

Embora o fenômeno El Niño – o mais forte registrado desde 1997 – já esteja perdendo força, as temperaturas em todo o país continuam mais altas que o normal até a chegada do outono.

O calor favorece as pancadas rápidas, com muita ventania e raios, avisa o especialista. “A condição também facilita a formação de chuvas com granizos”.

Reservatórios

Com a possibilidade de o verão mineiro voltar a ser marcado como uma época tradicionalmente chuvosa, as atenções se voltam para o Sistema Paraopeba que, neste ano, registrou baixos níveis de água.

Na opinião de Alexandre Nascimento, a situação estará menos crítica até março. “O problema não se resolverá, mas já teremos um alívio”.

De qualquer forma, os moradores da grande BH não precisam contar com a previsão do tempo para afastar o risco de desabastecimento. A Copasa garante que, antes que 2015 chegue ao fim, entrará em operação a nova captação de 5 mil litros de água por segundo do rio Paraopeba para atendimento da região metropolitana. Iniciada em julho deste ano, a obra está com mais de 90% das intervenções concluídas.

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