Vereador de Juiz de Fora para em local proibido e se envolve em confusão com PM's

Thaís Mota - Hoje em Dia
11/03/2014 às 17:52.
Atualizado em 20/11/2021 às 16:34
 (Câmara Municipal de Juiz de Fora)

(Câmara Municipal de Juiz de Fora)

Um vereador teria se envolvido em uma confusão e foi encaminhado à sede do 2° Batalhão da Polícia Militar (BPM) em Juiz de Fora, na Zona da Mata mineira. Segundo informações da sala de imprensa do batalhão, Wanderson Castelar Gonçalves (PT) parou em local proibido na madrugada desta terça-feira (11) e não obedeceu às ordens dos militares. O vereador nega a versão da polícia.   De acordo com a ocorrência, uma viatura policial fazia patrulhamento pela região Central de Juiz de Fora quando se deparou com o vereador e a advogada Gisele Helt Velloso estacionando um veículo na avenida Barão do Rio Branco, uma via de trânsito rápido onde é proibido parar e estacionar. Eles teriam desembarcado do veículo, por volta de 1h25, e seguido em direção à uma trincheira conhecida como "Mergulhão", onde segundo a PM funciona uma espécie de "cracolândia".   Apesar das ordens de parada dos policiais, o casal teria continuado andando em direção ao Mergulhão. Dessa forma, os militares se aproximaram e conseguiram fazer com que o vereador apresentasse seu documento de identidade e a advogada entregasse sua Carteira Nacional de Habilitação (CNH). No entanto, eles continuaram caminhando em direção à trincheira.   Segundo a PM, dois militares passaram a acompanhar o casal, enquanto um terceiro teria ficado na viatura para checagem dos documentos junto ao Centro de Operações da Polícia Militar (Copom). Mas, Castelar teria se irritado com a presença dos PM's e, segundo informações do 2º Batalhão, foi preciso contê-lo. O vereador sofreu escoriações no cotovelo e um sargento que atuava na ocorrência sofreu ferimentos na mão esquerda e um corte no lábio inferior.   No entanto, a PM informou que não foi preciso algemar os suspeitos. Eles foram encaminhados até uma delegacia de Polícia Civil da cidade e liberados após serem ouvidos e assinarem um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO). A polícia informou que, em nenhum momento, Castelar se identificou como sendo vereador e também não foi reconhecido pelos militares. Ele também não disse o que estaria fazendo no local.   Mas, a versão da polícia foi desmentida pelo parlamentar. Segundo Wanderson Castelar, ele e a companheira estavam em um veículo que apresentou problemas mecânicos e apagou no cruzamento da avenida Barão do Rio Branco com a rua Benjamin Constant. "Eu desci para achar socorro e voltei. Quando passei novamente pelo cruzamento, uma viatura parou do meu lado e um sargento possesso começou a me tratar como se eu fosse um bandido", afirmou.   Ainda segundo o vereador, ele estava no meio da rua quando foi abordado pelo militar e ele se dirigiu à calçada. "Ele entendeu isso como desacato e isso foi suficiente para que ele voasse sobre mim e me imobilizasse com o uso de um cassetete. Ele me asfixiou e me jogou no chão. É um verdadeiro bandido fardado que não merece título de policial", completou Castelar.   O parlamentar confirmou que em nenhum momento evocou sua condição de vereador e afirmou que irá fazer ainda na tarde desta terça-feira (11) um exame de corpo de delito junto à Polícia Civil. "Quando souberam que eu faria um exame de corpo de delito incluíram na ocorrência que o policial também teria sido feridos por mim, mas isso é uma mentira absurda e desmedida". Castelar assegurou que não teve ferimentos graves, apenas escoriações nos braços e ombros.   Ele afirmou também que se reuniu com o coronel responsável pelo 2º Batalhão da PM em Juiz de Fora e pediu a abertura de uma sindicância para apurar a conduta do sargento identificado apenas como Leandro, e de dois outros policiais que estavam com ele no momento da abordagem. "Fui vítima de uma agressão covarde, uma violação desmedida e se necessidade e vou lutar para que seja feita justiça e esses bandidos de farda sejam tirados de circulação porque eles não guardam a sociedade, eles representam perigo a ela".

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