Vereador é alvo de mandados de busca e apreensão por suspeita de rachadinha em Sete Lagoas

Anderson Rocha
arocha@hojeemdia.com.br
28/01/2020 às 09:00.
Atualizado em 27/10/2021 às 02:27
 (Reprodução/ Facebook)

(Reprodução/ Facebook)

 A Polícia Civil cumpriu, na manhã desta terça-feira (28), mandados de busca e apreensão em endereços relacionados ao vereador Marcelo Pires Rodrigues, o Marcelo da Cooperseltta (MDB), incluindo o gabinete do parlamentar na Câmara Municipal de Sete Lagoas, na região Central do Estado. Uma arma foi apreendida. 

De acordo com o delegado Gabriel Fonseca, que investiga o caso na cidade, o político é suspeito de peculato, tentativa de constrangimento de testemunhas e de prática de crimes contra a Administração Pública. Segundo ele, a ação desta terça representa a primeira etapa da investigação, que teve início no fim do ano passado e deverá ter sua conclusão prorrogada, dada a quantidade de material apreendido.

Durante a operação, foram recolhidos documentos, celulares e mídias de arquivamento. Todo o material passará por perícia. Além disso, uma arma com registro foi localizada e será vistoriada. O delegado informou ainda, em entrevista ao portal Sete, que outras pessoas podem estar sendo investigadas ou poderão passar a ser alvo de investigação.

 Reprodução/ Redes sociais

Gabinete na Câmara foi vistoriado nesta terça-feira

Sobre as suspeitas de prática de rachadinha (situação em que um parlamentar exige parte do salário de seu assessor) e de participação em esquema ilícito de empréstimos consignados na Câmara, o delegado informou que não pode dar detalhes se a ação desta terça tem relação com essas suspeitas sob risco de prejudicar as diligências.

A operação

De acordo com informações do portal Sete, em Sete Lagoas, a operação teve início por volta das 8h e envolveu cerca de 20 agentes, em maioria de Belo Horizonte. Segundo a Polícia Civil, além do gabinete na Câmara, os policiais apreenderam documentos na casa do parlamentar e em outros cinco endereços relacionados às investigações de crimes praticados contra a Administração Pública.

Toda a ação foi chefiada com o apoio da delegada do setor de inteligência da Delegacia Regional de Sete Lagoas, Daniela dos Santos Silva, sob o comando do Delegado Domiciano Monteiro de Castro Neto, da Delegacia Especializada de Combate à Corrupção de Minas Gerais, e apoio de Gabriel Fonseca.

A Polícia Civil informou que apresentará mais detalhes sobre o caso em coletiva de imprensa nesta terça-feira (28), em Belo Horizonte. A reportagem entrou em contato com a defesa do vereador, com a Câmara de Sete Lagoas e com a Cooperseltta e aguarda retornos.

Marcelo da Cooperseltta

Marcelo iniciou o cargo em janeiro de 2017 e tem mandato até dezembro deste ano. O vereador, que está em viagem de férias no exterior, é conhecido por ter sido presidente da empresa de ônibus Cooperativa Setelagoana de Turismo e Transporte Alternativo.

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