Veterinários e voluntários resgatam 36 animais da lama em Brumadinho

Renata Evangelista
30/01/2019 às 12:24.
Atualizado em 05/09/2021 às 16:18
 (CRMV-MG/Divulgação)

(CRMV-MG/Divulgação)

O número de animais resgatados com vida em meio à lama que vazou da barragem Mina Córrego do Feijão, em Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, subiu para 36. A informação é do Conselho Regional de Medicina Veterinária (CRMV-MG), que informou, nesta quarta-feira (30), que todos estão recebendo cuidados especiais.

No total, 30 profissionais, entre médicos-veterinários, zootecnistas e voluntários, participam das ações para retirar os animais que estão atolados na cidade mineira. Depois do salvamento, eles são levados para uma fazenda que está sendo usada como ponto de apoio. Lá, os animais passam por uma triagem antes dos tratamentos necessários.

Alguns que já foram localizados, mas ainda não tiveram condições de serem içados, estão recebendo alimentos e água. Além dos locais movediços e de acesso complexo, uma das dificuldades dos profissionais é resgatar os animais de grande porte.

Na terça-feira (29), um boi de 15 arrobas - equivalente a mais de 200kg - foi içado. O resgate começou às 11h e durou aproximadamente seis horas. O animal, conforme o CRMV-MG, não tinha fraturas e, após avaliação clínica, foi feito um tratamento para hidratá-lo. Nesta quarta-feira (30) está previsto o resgate de outro animal de grande porte.

Mortes polêmicas

A eutanásia de animais, que estão recebendo injeção letal de militares de dentro de helicópteros, tornou-se um dos assuntos mais polêmicos e comentados nas redes sociais. As forças de segurança de Minas, no entanto, garantem que o método está sendo utilizado somente nos animas que estão agonizando e sem chances de serem resgatados.

Até o momento, conforme o tenente Pedro Aihara, três animais de grande porte tiveram que ser mortos. O Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV) admitiu que animais (equino e bovino) tiveram de ser abatidos por meio de rifle sanitário. De acordo com o órgão, eles encontravam-se em local sem condições de segurança para serem içados, presos em área que oferecia riscos aos socorristas e sem possibilidade de acesso para intervenção de outra técnica de eutanásia. 

De acordo com o porta-voz do Corpo de Bombeiros, tenente Pedro Aihara, a eutanásia só é realizada quando o resgate não é viável e o sofrimento do animal é muito grande. Mas a decisão é tomada pelos veterinários presentes nas ações.

*Com Cinthya Oliveira

Compartilhar
Ediminas S/A Jornal Hoje em Dia.© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por