Vetor sul da Região Metropolitana de BH vai ter corredores para defesa ambiental

Izabela Ventura - Hoje em Dia
04/06/2014 às 06:51.
Atualizado em 18/11/2021 às 02:52
 (frederico haikal)

(frederico haikal)

O vetor sul da Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) vai ser dotado de unidades de conservação e corredores ecológicos para recuperar e preservar espécies da região. Um pacto nesse sentido foi assinado nessa terça-feira (3), no Instituto Inhotim, em Brumadinho, entre representantes de entidades conservacionistas e de empresas que impactam o ecossistema local.

Os corredores ecológicos – áreas naturais que permitem o fluxo de fauna e de elementos reprodutivos vegetais – foram elencados durante o Fórum Semeando Paisagens como principal forma de proteger os ecossistemas da região. Isso porque, ao garantirem o livre trânsito, esses corredores reduzem o número de espécies ameaçadas de extinção.

Embora nenhuma entidade tenha detalhado na Carta de Intenções onde e quando essas áreas deverão ser criadas, todas prometeram se empenhar na proteção da biodiversidade.

“O rompimento da conectividade entre remanescentes de ambientes naturais gera efeitos nocivos à vida silvestre, reduzindo a variabilidade genética das populações de plantas e animais”, alerta o documento.

Firmaram o compromisso de proteção do segmento sul da RMBH a Associação Mineira de Meio Ambiente (Amda), o Instituto Estadual de Florestas (IEF), o Instituto Inhotim, a Reserva Biosfera da Serra do Espinhaço e o Sindicato da Indústria Mineral do Estado de Minas Gerais (Sindiextra).

Esse último setor foi um dos mais questionados durante o Fórum, uma vez que a atividade mineradora foi apontada como uma das grandes responsáveis pela degradação no vetor sul. Segundo o assessor de projetos especiais da Amda, Francisco Mourão Vasconcelos, é preciso mais empenho do setor em conciliar a exploração mineral – importante à economia –, com a preservação ambiental.

“A mineração pode ter pontos positivos quando desenvolve boas ações de compensação ambiental, mas pode ser extremamente nociva quando resulta em passivos ambientais decorrentes de empreendimentos mal conduzidos”.

Ainda conforme Mourão, existe resistência por parte de empresas e do poder público em desenvolver ações efetivas para equacionar conflitos entre os interesses econômicos e os demais segmentos da sociedade.

Representante do Sindiextra e diretor de relações institucionais da Ferrous, Cristiano Parreiras, assinou o documento comprometendo-se a atuar de forma conjunta com os outros setores sociais em prol da preservação ambiental. 

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