Viadutos e pontes vão aliviar tráfego em Juiz de Fora

Ricardo Beghin - Do Hoje em Dia
19/06/2012 às 23:21.
Atualizado em 21/11/2021 às 22:57

Os motoristas que trafegam pelas ruas saturadas de Juiz de Fora contam os dias para o início do conjunto de obras viárias anunciadas pela prefeitura e previstas para começarem até o final do próximo mês. Com investimento de R$ 82 milhões, serão construídos dois mergulhões, três viadutos e quatro pontes para transpor a linha férrea e o rio Paraibuna. A intenção é desafogar o trânsito em geral e favorecer o transporte coletivo urbano.

Dados do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) revelam que a frota local passou de 108 mil veículos, em 2002, para 198 mil, em 2012, o que explica, juntamente com falta de investimentos no setor, os transtornos no tráfego. “O fluxo de carros hoje é muito grande”, contou o consultor Elias Ricardo Barucke, que, pelo menos duas vezes por dia, cruza o Centro. Segundo ele, as obras devem melhorar o trânsito na região da avenida Brasil, entre a ferrovia e o rio, mas não vão impactar outras vias, como a avenida Rio Branco, a principal da cidade.

Por meio da Secretaria de Obras, a prefeitura iniciou, no final do mês passado, trabalhos preliminares para viabilizar os mergulhões, pontes e viadutos. A primeira delas é a nova pista, interligando as avenidas Francisco Bernardino e Brasil, para garantir o trânsito de veículos entre o Centro e a Zona Leste da cidade, quando as obras se iniciarem na região.

As obras vão permitir que a avenida Brasil opere num sistema binário, com cada um dos lados da avenida funcionando em um sentido. Segundo a prefeitura, a cidade, hoje dividida pelo rio Paraibuna e pela ferrovia, será completamente interligada, ampliando a eficiência de operação do transporte coletivo urbano, sem as retenções hoje ocasionadas pela linha férrea e também pelo número insuficiente de pontes.

Por causa do transporte ferroviário, as passagens de nível ficam fechadas, em média, duas horas por dia, o que compromete a eficácia do transporte coletivo. Hoje, 33% dos ônibus passam pelas passagens de nível. O conjunto de obras viárias ficará completamente pronto em dois anos. O professor do Departamento de Transporte da Faculdade de Engenharia da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), José Castanon, defende um planejamento global para o trânsito da cidade que privilegie, principalmente, o transporte coletivo. O professor vê como positiva a construção de novas pontes, mas avalia que viadutos e mergulhões têm sua capacidade limitada e ficarão saturados rapidamente.

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