Vitamina D fortalece os ossos e ajuda a prevenir doenças cardiovasculares

Gabriela Sales - Hoje em Dia
09/02/2015 às 08:05.
Atualizado em 18/11/2021 às 05:57
 (Carlos Rhienck/Hoje em Dia)

(Carlos Rhienck/Hoje em Dia)

“Nunca gostei de tomar sol e usava filtro solar para tudo, pois tinha medo do câncer de pele. Mas quando fui ao médico, descobri que estava com deficiência de vitamina D”, conta Bárbara Lima, de 34 anos, que agora se dedica à rotina diária de caminhadas, na parte da manhã, para repor esse hormônio.

O drama da fisioterapeuta pode estar sendo vivido por várias pessoas que desconhecem que estão com carência da vitamina, fundamental para a saúde dos ossos e absorção de cálcio para o organismo humano.

A escassez da vitamina D pode levar as pessoas a desenvolver doenças como a osteoporose, raquitismo, obesidade e até problemas cardiovasculares. O diagnóstico pode ser feito com um simples exame regular de sangue e, quanto mais cedo, menores as chances de complicações.

Longo prazo

“É uma deficiência silenciosa, cujos efeitos só são percebidos em longo prazo pelos pacientes, o que pode ser um risco, já que a falta desse hormônio propicia danos à estrutura óssea”, ressalta o diretor da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, em Minas, Paulo Augusto Miranda.

O hormônio é necessário para a manutenção do tecido ósseo e também influencia no sistema imunológico para o tratamento de doenças autoimunes, como a artrite reumatoide e a esclerose múltipla.

Além do banho de sol, Bárbara Lima utiliza diariamente medicamento específico para a reposição da vitamina D. “Tenho histórico de osteoporose na família. Não quero ser mais uma em casa com problemas nos ossos”, diz.

Para garantir o benefício natural, os médicos recomendam exposição ao sol sem protetor solar em braços, pernas, abdômen e costas. Miranda afirma que o filtro solar impede que a vitamina D seja metabolizada pelo organismo.

Até 20 minutos

“O ideal é que esse banho de sol dure em média de 15 a 20 minutos, com moderação e nos horários adequados. Nesse período, o rosto pode ser a única parte do corpo protegida”, explica. Dados da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia apontam que o sol é o responsável por 80% a 90% da vitamina que o corpo recebe.

Peixes também são bons repositores do hormônio

Alguns alimentos, como peixes ricos em gorduras boas, são considerados repositores naturais. “Salmão, atum e bacalhau são exemplos. Porém, é na exposição ao sol que o hormônio é melhor absorvido pelo nosso organismo. Alguns raios ultravioleta são capazes de ativar a síntese dessa substância”, orienta o médico.

Há um mês, a jornalista Natália Meroto, de 29 anos, repõe a vitamina com a ajuda de medicamentos e alimentação balanceada. O diagnóstico foi revelado durante a realização de exames de rotina. “Raramente me exponho ao sol. Apenas em férias ou a passeio pelo litoral. E tudo isso usando bastante filtro solar”, diz.

Natália conta que no cardápio os frutos do mar viraram prioridade. “Além do medicamento, mantenho uma alimentação saudável e que privilegia sempre os peixes”, conta a jovem, que acrescenta: “Estou começando a tomar mais banho de sol, mas ainda não consigo fazer isso sem proteção, nem que seja a de um chapéu”, diz. 

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