Viveiro de mudas cria cinturão verde perto de estação de tratamento de esgoto, em Varginha

Margarida Hallacoc - Hoje em Dia
17/03/2013 às 10:59.
Atualizado em 21/11/2021 às 01:57
 (Luís Carlos Lemes)

(Luís Carlos Lemes)

VARGINHA – O endereço ainda é novo e a maioria dos varginhenses ainda não o conhece, mas o viveiro de mudas desenvolvido pela Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa), em Varginha, no Sul de Minas, já desponta nas proximidades da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE), no bairro Rezende.

Além de produzir mudas com qualidade e distribuí-las para associações comprometidas com projetos de preservação ambiental, o local funciona como uma espécie de cinturão verde que ajuda a reduzir o mau cheiro nas proximidades da ETE.

O responsável pelo local, Luiz Carlos Lemes, técnico do Distrito do Rio Verde pela Copasa, explicou que o cinturão surgiu da ideia de se cultivar árvores no entorno da ETE como forma de melhorar suas condições e ainda produzir mudas para outros projetos. A iniciativa ganhou força e, em um ano de trabalho, já são mais de três mil mudas em condições de serem transplantadas para locais definitivos.

“Temos capacidade para produzir em torno de dez mil mudas ao ano e fornecê-las a ONGs, escolas e produtores rurais interessados. Os primeiros resultados nos deixaram muito motivados”, disse Luiz Carlos.

Recentemente, o viveiro liberou a primeira leva de mudas de árvores para uma associação de proteção ao meio ambiente que desenvolve um trabalho em nascentes de Lavras.
“Ver as miúdas seguindo seu destino foi a maior gratificação para todo o trabalho que tivemos até agora”, afirmou Luiz Carlos. Ele disse que, por ser ainda um viveiro experimental, foi preciso quebrar a cabeça para entender, na prática, o que havia aprendido em cursos de pós-graduação em gestão ambiental, mas a vontade de tocar o empreendimento falou sempre mais alto.

Dificuldades

“Tivemos dificuldades com algumas variedades. Plantávamos mais de cem sementes para obter poucas mudas. Mas, neste ano de trabalho, aprendemos muito”. Atualmente, quatro mil mudinhas estão se desenvolvendo, além das três mil já formadas. Luiz Carlos cita como exemplo o caso das mudas de jacarandá-mimoso, que demoraram a vingar. “Quando a gente vê uma árvore adulta, uma madeira de lei, não tem ideia do tempo que a natureza levou para conduzir aquela árvore até aquele tamanho”, afirma.

A própria muda, segundo Luiz Carlos, já demanda muito cuidado e paciência, pois as sementes demoram a germinar e requerem cuidados para crescer. “Há mudas que levam até dois anos para estar em condições de plantio em solo definitivo”, observou.
 
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