Voluntários de BH participam do espetáculo Générik Vapeur

Cinthya Oliveira - Hoje em Dia
06/05/2014 às 07:13.
Atualizado em 18/11/2021 às 02:27
 ( Luiz Costa)

( Luiz Costa)

Enquanto famílias aproveitavam o clima agradável para passear pelo Parque Municipal no último sábado, 20 voluntários tinham os primeiros contatos com os atores franceses Patricia Gome e Kevin Morizur no pequeno posto da Guarda Municipal localizado nesse cartão-postal da capital. O encontro acontecia para que todos pudessem se inteirar de como seriam suas participações no espetáculo “Jamais 203”, que o grupo Générik Vapeur traz para Belo Horizonte no próximo sábado, dentro da programação do 12º Festival Internacional de Teatro de Palco & Rua (FIT-BH).

Em sua terceira passagem pelo evento – as outras foram em 1994 e 1997 –, o grupo francês traz novamente um espetáculo grandioso. “Jamais 203” é uma corrida ciclística que tem início no Parque Municipal, às 17h30, e se encerra ao entardecer na Praça da Estação, onde estará montada uma grande estrutura, com uma rampa e um imenso guindaste. Os voluntários da capital (estudantes de Artes Cênicas da UFMG e ciclistas ativistas) vão ajudar a compor o elenco, não apenas com figuração, mas também com atuações cênicas.

“Nossos espetáculos sempre contam com voluntários da cidade onde nos apresentamos para que, assim, possamos sentir a temperatura de cada lugar. Não só a temperatura climática, mas também a temperatura social, as condições diferentes de cada país”, explicou Kevin Morizur, acrescentando que “Jamais 203” foi levado também para Seul (Coreia do Sul) e Lima (Peru). De Belo Horizonte, segue para São Paulo.

Pretexto

Segundo o ator, o público é convocado a participar e acompanhar uma corrida ciclística, mas quando se depara com o espetáculo, percebe que essa não é a razão principal da companhia.

“É um pretexto para falarmos de temáticas que estão ao redor do esporte, como política, questões sociais, doping, individualismo e o que as pessoas são capazes de fazer para serem as melhores. Há uma cena em que se trata sobre uma necessidade de enganar para se ganhar”, disse Morizur.

A voluntária Suelen Thompson, estudante da UFMG, enxerga nesse processo junto ao grupo francês uma grande oportunidade. “Participar do FIT é uma visibilidade enorme para um ator. Além disso, estamos em contato com uma cultura diferente”.

A presença do Générik Vapeur tem caráter comemorativo. A companhia foi a responsável por abrir o primeiro FIT, em 1994, com “Bivouac”. 

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